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Cabo Verde e São Tomé e Príncipe com melhor ambiente para fazer negócios

21 de outubro de 2011

Um estudo realizado pelo Banco Mundial sobre as condições em que as empresas operam foi favorável quanto ao desempenho de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, mas negativo relativamente a Angola e Moçambique.

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Atividade piscatória em São Tomé e PríncipeFoto: DW

O relatório "Doing Business 2012" do Banco Mundial (BM) considera que Cabo Verde e São Tomé e Príncipe estão entre os 12 países da África subsaariana que registaram melhorias no indicador “ambiente para fazer negócios”, mas considera que Angola e Moçambique regrediram. Pela quarta vez consecutiva, as Maurícias conseguiram liderar as presenças africanas na classificação geral, ao atingirem o 23º lugar.

A avaliação Doing Business pretende classificar a transparência das operações empresariais nos 183 países analisados. A abertura de empresas, a resolução de insolvências e as transações transfronteiriças são algumas das áreas avaliadas.

Subidas significativas

Cabo Verde subiu de 129° para 119°. As principais melhorias foram registadas nos indicadores "registar propriedades" e "obter crédito", com subidas de 39 e 26 lugares respetivamente, que lhe permitiram melhorar a classificação Em 2012, o arquipélago ocupará nos dois itens os lugares 61° e 126°, respetivamente

São Tomé e Príncipe, por seu turno, subiu onze posições, tendo passado de 174º para 163º no ranking. Os melhores resultados foram conseguidos nos indicadores "começar um negócio" e "pagar impostos", com subidas de 73 e 24 lugares respetivamente O único resultado negativo foi registado no indicador "proteger investidores" com a descida de dois lugares, de 153° para 155°.

Inovações santomenses

Ländliche Entwicklung in Inselstaat Sao Tome und Principe
Secagem de cacau em São Tomé e Príncipe na Fazenda Agostinho NetoFoto: DW

Sobre a classificação conseguida por São Tomé e Príncipe, o economista santomense Acácio Bonfim concorda com as conclusões do banco sediado em Washington. “Nos últimos meses, verificou-se uma melhoria nos indicadores avaliados”, disse.

Há apenas nove meses, a avaliação feita pelo Banco Mundial ao cenário empresarial santomense foi negativo. Segundo Bonfim, a melhoria verificada na última avaliação justifica-se por várias razões.

“Recentemente, as alfândegas passaram a oferecer um serviço bancário aos importadores para pagamento dos direitos aduaneiros. Trata-se de uma melhoria substancial,” disse.

Outro motivo apontado por Acácio Bonfim foi a criação de um guiché único para a constituição e abertura de novas empresas. “Isto permitiu reduzir o tempo gasto nestes processos, baixar os custos e agilizar a atividade empresarial”, concluiu.

Autor: Pedro Castro
Edição: Cristina Krippahl