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Viagem de avião de infectada por ebola preocupa EUA

15 de outubro de 2014

Enfermeira esteve em voo comercial menos de 24 horas antes de demonstrar sintomas, e autoridades de saúde tentam contactar os mais de 120 passageiros. Obama pede maior comprometimento de europeus no combate à epidemia.

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Especialistas isolam casa de uma das enfermeiras infectadasFoto: Reuters/Jaime R. Carrero

A informação de que a enfermeira Amber Vinson viajou de avião menos de 24 horas antes de apresentar sintomas de infecção por ebola vem preocupando as autoridades americanas. Ela é o segundo caso de transmissão do vírus nos Estados Unidos e levou o presidente Barack Obama a cancelar uma viagem nesta quarta-feira (15/10) para tratar do assunto.

A mulher, de 29 anos, trabalha no Hospital Presbiteriano de Saúde do Texas, onde participou do tratamento do liberiano Thomas Eric Duncan, morto no último dia 8 vítima da doença. Além dela, outra enfermeira foi infectada.

Vinson viajou num voo comercial da Frontier Airlines, de Cleveland para Dallas, um dia antes de começar a demonstrar sintomas do vírus. As autoridades dizem que o risco de transmissão é pequeno, mas vão monitorar os mais de 120 passageiros que estavam a bordo.

"Devido à proximidade no tempo entre o voo da tarde e o primeiro relatório da doença da manhã seguinte, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) estão entrando em contato com os passageiros que estavam no voo", disse o organismo em comunicado.

Segundo Thomas Frieden, diretor do CDC, a enfermeira, que foi diagnosticada com ebola na terça-feira, vinha monitorando a si mesma e errou ao não relatar que sua temperatura havia subido ligeiramente antes de pegar o voo para Dallas.

"Estamos colocando margens extras de segurança e contatando quem estava naquele voo", disse Frieden.

As autoridades estão monitorando também 76 profissionais de saúde envolvidos nos cuidados do liberiano, ou que manusearam suas amostras de sangue no hospital onde ele foi internado em Dallas. Acredita-se que Duncan tenha contraído a doença na Libéria. Ele foi a primeira pessoa diagnosticada com o ebola nos EUA, e o primeiro caso registrado fora da África.

Ebola USA Texas Health Presbyterian Hospital
Homem com suspeita de ter contraído o vírus é levado para hospital no TexasFoto: Getty Images/J. Raedle

"Maior ameaça dos últimos anos"

Nesta quarta-feira, os líderes de Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido e Itália conversaram por teleconferência e concordaram sobre a necessidade de se fazer mais para enfrentar a epidemia, que definiram como "a mais séria ameaça à saúde pública dos últimos anos".

Segundo a Casa Branca, na conversa de 75 minutos, Obama pediu um "comprometimento mais significante" à chanceler federal alemã, Angela Merkel; ao presidente francês, François Hollande; e aos primeiros-ministros David Cameron, do Reino Unido, e Matteo Renzi, da Itália.

Obama se reuniu também nesta quarta, por duas horas, com membros de seu gabinete. Ele prometeu que agentes federais vão supervisionar a resposta aos casos de ebola no país de uma forma mais agressiva e uma equipe da Swat irá a qualquer hospital que tenha um infectado pela doença.

Mais de 4.400 pessoas já morreram na África Ocidental, na pior epidemia de ebola de todos os tempos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, se as medidas corretas não forem tomadas, a região poderá ter até 10 mil infectados por semana a partir de dezembro.

RPR/ap/afp/rtr