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Universidade de Tübingen investirá recursos em pesquisa

28 de fevereiro de 2013

Antigamente, a universidade exaltava os seus poetas e pensadores. Agora, ela pode fazer propaganda também com seu conceito futuro.

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Foto: picture-alliance/dpa

Entre as casas coloridas em estilo enxaimel do centro de Tübingen, fica a torre redonda, onde o famoso poeta Friedrich Hölderlin passou seus últimos anos de vida. Estudantes navegam em pequenos barcos pelo rio Neckar, que tem antigos plátanos em suas margens. Durante várias décadas, a Universidade de Tübingen, no sul da Alemanha, se beneficiou desta imagem idílica de cartão postal.

A instituição se orgulha de sua descentralização, e de não ter um campus moderno no centro da cidade. Os prédios da universidade estão espalhados em prédios antigos pela cidade. A sede dos cursos de Ciências Sociais, por exemplo, é no mesmo prédio onde o poeta Eduard Mörike e o filósofo Georg Wilhelm Friedrich Hegel lecionaram no século 19.

De tão pacata, a universidade quase perdeu a ligação com as pesquisas de ponta internacionais.

O caminho para a excelência

Das historische evangelische Stift in Tübingen
O cenário idílico faz parte do campus da universidadeFoto: Uni Tübingen

Atualmente a instituição tem novamente uma boa reputação na Alemanha, graças a diferentes iniciativas de incentivo a estudantes e candidatos a vagas da universidade. Há alguns anos, os cursos de Ciências Midiáticas recebem recursos de um fundo de inovação da universidade, por exemplo. Assim, quatro novas cadeiras para professores foram abertas nessa área e os estudantes estão satisfeitos com a orientação que recebem.

Agora, a Universidade Eberhard Karl de Tübingen, como é seu nome oficial, é uma das melhores da Alemanha. Até 2017, ela é uma das universidades de excelência. Assim, a instituição deseja atrair mais estudantes, inclusive de outros países. Atualmente estão matriculados na instituição 28 mil estudantes, dos quais 3 mil são estrangeiros.

A primeira tentativa falhou

Diagnostik Seltener Krankheiten Uni-Klinik Tübingen
O CIN estuda o funcionamento do cérebroFoto: Universitätsklinik Tübingen

Em 2006, a Universidade de Tübingen se candidatou para a primeira iniciativa de excelência promovida pelos governos estaduais e federal. Ela recebeu recursos financeiros para algumas categorias. Porém, não conseguiu o título de excelência.

Mesmo assim, desde 2007, o governo financia, como cluster de excelência, o Centro para Neurociências Integrativas (na sigla em alemão, CIN). No centro, cientistas da universidade, do Instituto Hertie e de institutos da Sociedade Max Planck e das Associações Helmholtz e Leibniz pesquisam o cérebro humano.

Como funciona o cérebro, sua capacidade de controle, e como são gravadas as informações, são algumas das perguntas investigadas no centro. Com o título de excelência, as pesquisas do CIN continuarão sendo financiadas como cluster de excelência.

Integração, a palavra mágica

Ao lado do cluster de excelência, agora o programa de pós-graduação Aprendizado, Desempenho e Desenvolvimento Vitalício (na sigla em inglês, LEAD) também recebe mais recursos. Os participantes desse programa trabalham com questões fundamentais relacionadas à pesquisa em educação empírica. Por exemplo, como desigualdades sociais aparecem na educação e como elas podem ser superadas.

Forschungsgebäude des Werner Reichardt-Centrums
O CIN fica no prédio Werner ReichardtFoto: CIN

O conceito futuro da universidade também conseguiu convencer o júri da iniciativa de excelência. Em Tübingen, o trabalho interdisciplinar e a integração recebem destaque – como o trabalho que já vem sido realizado no CIN. Novas cooperações com instituições não universitárias de pesquisa e com os setores da indústria e da economia são fundamentais no conceito futuro.

Outros projetos interdisciplinares na área de pesquisa de línguas e ensino devem ser criados. Apesar do título de excelência, Tübingen ainda está longe de ser uma universidade de excelência como as norte-americanas Harvard e Yale, com suas assistências e patrocínios intensivos.

A instituição investirá os recursos estatais diretamente na pesquisa, porém a administração da universidade espera que esse financiamento tenha "efeitos colaterais" no ensino.

Nesta sexta, visitaremos a Universidade Técnica de Dresden.

Autoras: Pia Furth/Gaby Reucher (cn)
Revisão: Roselaine Wandscheer