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UE dobra verbas para combate ao ebola diante de riscos à Europa

30 de julho de 2014

Diante do possível alastramento do vírus até o continente, autoridades europeias prometem intensificar medidas. Reino Unido reúne comitê de gestão de crises e trata ameaça como "nova e emergente".

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Foto: picture-alliance/dpa

A União Europeia respondeu com o anúncio de novas verbas para o combate ao ebola na África Ocidental nesta quarta-feira (30/07) às notícias de que a epidemia pode, eventualmente, chegar à Europa. Segundo a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), a onda de infecções que assola Guiné, Libéria e Serra Leoa está fora de controle e tende a piorar.

A Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) reuniu-se com autoridades globais de saúde para estipular medidas visando a sustar o alastramento da doena. A companhia aérea pan-africana ASKY suspendeu todos os voos com as capitais da Libéria e de Serra Leoa.

A UE elevou em 2 milhões de euros suas verbas destinadas ao combate do ebola, que agora totalizam 3,9 milhões de euros. Além disso, foram mobilizados especialistas para auxiliar as vítimas e tentar limitar o contágio.

"O nível de contaminação in loco é extremamente preocupante e temos que intensificar nossa ação, antes que se percam muitas mais outras vidas", declarou a comissária europeia para Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva. Ela apelou por um "esforço sustentado da comunidade internacional, a fim de ajudar a África Ocidental a lidar com esta ameaça".

Quase 700 mortes

É a primeira epidemia de ebola no oeste da África, e a mais grave de que se tem notícia. Ela envolve uma cepa do vírus especialmente agressiva. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até 23 de julho foram registrados 1.201 casos, dos quais mais de 670 resultaram em morte.

Em entrevista ao jornal belga La Libre Belgique, Bart Janssens, diretor de operações da MSF advertiu que não há nenhuma visão geral de como abordar o surto de infecções.

"O surto é sem precedentes, está absolutamente fora de controle, e a situação só pode piorar, sobretudo na Libéria e em Serra Leoa", afirmou. "Estamos extremamente preocupados com a virada dos acontecimentos, particularmente nesses dois países, onde há uma falta de visibilidade da epidemia", enfatizou.

O secretário de Estado britânico para Assuntos Estrangeiros, Philip Hammond, presidiu em Londres um encontro do comitê do governo para gestão de crises, a fim de avaliar a situação. Segundo ele, o Reino Unido está muito concentrado no ebola como "uma ameaça nova e emergente", que precisa ser enfrentada.

AV/afp/dpa