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STP já tem meios financeiros para fazer eleições

Ramusel Graça (São Tomé) 22 de setembro de 2014

Em São Tomé e Príncipe, o Governo diz que mobilizou dinheiro suficiente para realizar eleições a 12 de outubro próximo. Enquanto isso, a CNE desdobra-se na organização do pleito onde participam 14 formações politicas.

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Hospital da Roça Agostinho Neto, São Tomé e PríncipeFoto: DW/R. Graça

São Tomé e Príncipe vive intensas movimentações políticas, dirigentes e militantes de vários partidos encontram-se no terreno em reuniões porta-a-porta na caça ao voto, antes da data oficial do início da campanha eleitoral, marcada para 27 do corrente mês.

O Governo de Gabriel Costa, na voz da ministra dos Negócios Estrangeiros, Natália Umbelina, veio ao público anunciar que já existe dinheiro suficiente para realizar as eleições: "Temos um montante completo para que elas tenham lugar em boas condições. Por isso achamos que era importante informarmos a nossa população que as eleições vão ter lugar em melhores condições."

A União Europeia, respondeu ao pedido de apoio lançado pelo executivo santomense e doou 110 mil euros, através do programa “ paz e segurança” gerido pela Comunidade Económica dos Estado da África Central, CEEAC.

Jean Obame, é especialista em eleições na CEEAC e falou para a DW África no final do encontro com a chefe da diplomacia santomense tendo destacado que : "A República de São Tomé e Príncipe é certamente o melhor aluno da democracia na nossa sub-região."

Clareza quanto ao espaço de antena

A par da União Europeia, as Nações Unidas, os Estados Unidos da América, Japão China, Taiwan e Portugal também apoiaram o processo. A Comissão Eleitoral Nacional, no quadro de varias ações, realizou o sorteio para o tempo de antena dos partidos concorrentes.

Gabriel Costa
Gabriel Costa, primeiro ministro de STPFoto: R.Graça

Durante 12 dias, na TVS, Televisão santomense, os partidos políticos que disputam dois escrutínios terão direito a 10 minutos de antena e na RNSTP, Rádio Nacional de São Tomé e Príncipe, a 30 minutos.

Quem o confirma é Vitor Correia e gostaria que também se "estabelecesse a ordem de emissão dos tempos de antena dos partidos concorrentes a essas eleições."

Mas o elevado número de partidos políticos, associado aos problemas técnicos e operacionais, dificultam a programação da única estação televisiva do arquipélago.

O responsável da TVS Juvenal Rodrigues diz que a emissora quer contribuir para esclarecimento dos cidadãos eleitores mas a sua ideia parece não ter pernas para andar.

E Rodrigues confessa: "Estávamos à espera que o cenário fosse esse, programamos os debates para o horário aceitável, mas com o figurino que sai daqui teremos de rever algumas coisas."

O desafio de alcançar o eleitorado

No dia 12 de outubro, cerca de 80 mil eleitores serão chamados às urnas para elegerem o novo Parlamento, os poderes autárquico e regional, eleições simultâneas em que participam 14 formações políticas.

Protest gegen Korruption auf Sao Tome e Principel
Protesto contra a corrupção feito em julho de 2013Foto: DW/R. Graca

Edson Moniz, técnico da FONG, Federação das Organização Não Governamentais, e membro importante da sociedade civil, defende que uma maioria absoluta será difícil nessas eleições.

É que no entender de Moniz "um eleitorado mais exigente requer respostas dos partidos mais exigentes. E um eleitorado também com uma abordagem fraca de exigência, certamente as respostas terão o mesmo nível."

E para o técnico da FONG : "Então, é este o desafio que a sociedade tem. Obviamente que o cenário da maioria absoluta, torna-se mais difícil."

Das 14 formações políticas apenas três partidos disputam as eleições gerais. o principal partido da oposição Ação Democrática Independente (ADI), o MPLSTP-PSD, Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe-Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) e o Movimento Socialista (MS).

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