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"Somos como a banda da casa em Wacken"

Annabelle Steffes (rm)4 de agosto de 2014

Grupo de heavy metal foi, mais uma vez, uma das atrações mais esperadas do festival no norte da Alemanha. Em entrevista à DW, Mikkey Dee fala da importância do evento e dos planos para um novo álbum.

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Foto: DW/A. Steffes

No ano passado, o show do Motörhead no Wacken Open Air teve de ser encerrado antes do previsto por causa da saúde do vocalista e baixista Lemmy Kilmister. De volta ao palco do festival, a banda reafirmou sua posição como um dos maiores grupos de heavy metal do mundo. Antes do show, o baterista Mikkey Dee conversou com a DW sobre o futuro da banda.

DW: Vocês estiveram aqui para a 15ª edição do festival. Como é voltar para o 25º aniversário do Wacken Open Air?

Mikkey Dee: É ótimo. Nós estivemos aqui quase desde o primeiro ano. Nós nos sentimos como a banda da casa. Vimos [o festival] crescer. Não é só o tamanho que é impressionante aqui, é a organização. E, claro, as bandas que todos os anos continuam voltando e tocando. E os fãs, acima de tudo. Eles não querem perder o festival de Wacken.

Depois de mais de 30 anos na música, qual é a sua motivação para que tudo pareça novo quando você sobe no palco?

Não é fácil, é claro. Você se motiva com você mesmo. É isso que eu continuo dizendo. Eu e eu mesmo somos a motivação. Se eu toco bem, isso me motiva no futuro. Eu só sei como isso é quando estou tocando bem. Como é bom o sentimento. E isso é o que me faz continuar.

Como você ensaia? Você ensaia como um músico clássico – digamos, oito horas por dia?

Não, não mais. Eu costumava ensaiar bastante. Na época do King Diamond [banda de heavy metal dinamarquesa], eu ensaiava talvez seis horas por dia. É mais como você ensaia, isso que é importante. E hoje eu ensaio nas passagens de som. Quando nós ensaiamos com a banda eu tento chegar algumas horas antes todos os dias para tentar criar coisas novas e, assim como você disse antes, me motivar. Eu tenho de pensar nas coisas boas que fiz antes e como posso desenvolver isso.

Como é o processo criativo da banda?

Na maioria das vezes, Phil [Campbell, guitarrista] e eu tentamos escrever as músicas o máximo possível. Conseguimos escrever talvez 80% a 90%, deixando-as tão boas quanto podemos. Enquanto isso, Lemmy [Kilmister, vocalista e baixista] escreve as letras e melodias e aí nós juntamos tudo. Depois, mudamos a música e as letras e juntamos tudo de novo. No fim do disco, diria que cada um contribuiu, igualmente, com 33%.

Quais são os planos para o futuro – talvez um novo álbum?

Wacken Open Air 2014
Wacken Open Air 2014: show do MotörheadFoto: DW/A. Steffes

Talvez no ano que vem. Já está na hora de fazer isso. Normalmente nós esperamos um ano e meio entre cada disco. Deve ser no próximo ano, mas não sabemos.

Qual é a situação atual da banda? Lemmy teve alguns problemas de saúde.

Isso foi no ano passado. O médico disse: Você tem de se cuidar um pouco melhor e descansar. Ele está fazendo isso e agora está melhorando bastante. Nós estivemos em turnê durante o verão e tem sido incrível. Estamos ficando cada vez melhor.

Então vocês não estão mais fazendo aquelas coisas loucas de rock'n'roll todas as noites?

Não, nós não conseguimos fazer – é impossível. Nós não fazíamos isso também antes do Lemmy ficar doente. Nós apenas temos de ficar um pouco mais calmos.

E além da música, o que lhe fascina na vida? Eu ouvi dizer que você é um grande fã de hóquei.

Sim! Eu jogo bastante hóquei. Jogo durante todo o inverno. Aliás, a temporada começa em breve aqui. Eu amo esportes em geral e tento acompanhar várias modalidades, mas hóquei é demais.

Você tem algum projeto solo no momento?

Eu vou ter um projeto solo quando tiver tempo. No entanto, eu montei uma coisa divertida quando tivemos um tempo de folga. É apenas um pequeno projeto paralelo com dois amigos meus da banda Europe, John Norum e Mic Michaeli, e o antigo baixista do King Diamond, Hal Patino, e Age Sten Nilsen, um vocalista da Noruega. Nós demos o nome de “Nordic Beast” [besta nórdica, em tradução livre]. Nós temos feito alguns shows juntos – cinco ou seis apresentações. O próximo show com eles será em 16 de agosto e será o último durante o verão. Nós só tocamos coisas antigas que todos nós sabemos e isso tem sido ótimo.