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RENAMO processa Comissão de Eleições de Quelimane

Marcelino Mueia (Quelimane)22 de outubro de 2014

O partido RENAMO na cidade de Quelimane acusa a Comissão Distrital de Eleições, na capital da Zambézia, de ter viciado os resultados das eleições anunciadas segunda-feira (20.10), e já apresentou queixa em tribunal.

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Radtaxis in Quelimane
Foto: Gerald Henzinger

O objetivo é a realização de um processo criminal, segundo disse à DW África Latifo Charifo. O delegado político da RENAMO afirma que a queixa foi apresentada junto do tribunal judicial da Cidade de Quelimane.

RENAMO: "fomos atraiçoados pela Comissão de Eleições"

A acusação é de que a Comissão de Eleições terá "atraiçoado" os resultados e permitido o desaparecimento dos editais de algumas assembleias de voto. "Até agora não se sabe do seu paradeiro", afirma Charifo e adianta: "Não foram contabilizados cerca de 39 editais e atas. Ninguém sabe explicar onde estão as atas. Nós gostaríamos de obter uma explicação. Queremos que o tribunal faça um processo, e que as pessoas envolvidas sejam obrigadas a dar uma explicação. São cerca de 15mil os eleitores que deram os seus votos e que esperavam o resultado. Essa gente foi defraudada."

Latifo Charifo salienta que não foram apenas 14 editais perdidos, tal como deu a conhecer a presidente da Comissão Distrital de Eleições de Quelimane, Rosa Camões Bombino. "Foram ao todo 39 atas e editais que não foram publicados", frisa Charifo, "mas a CNE admitiu apenas o desaparecimento de 14. Nós queremos perceber porque é que fizeram isso."

Mesmo tendo ganho as eleições ao nível da cidade a RENAMO diz que os resultados anunciados não batem certo: "a diferença de sete mil votos para com o candidato da Frelimo e 16mil para com o do MDM devia ser muito mais larga!"

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A RENAMO e o seu presidente fizeram campanha e dizem que querem colher os frutos que merecem.Foto: picture-alliance/dpa/Antonio Silva

CNE responde: queixa da RENAMO é extemporânea

Rosa Camões Bombino, a presidente da Comissão distrital de Eleições, afirma que esta acusação não tem fundamento porque o período de reclamação, concedido aos partidos políticos, já expirou.

Palavras de Rosa Camões Bombino: "Nós como Comissão das Eleições trabalhamos na base da lei. A RENAMO remeteu a carta muito depois de ter terminado o prazo legal. As reclamações têm que ser feitas no momento do apuramento intermédio. Já respondemos ao partido RENAMO que a queixa é extemporânea, porque o prazo já terminou. O levantamento que nós fizemos reza que foram de facto 14 os editais não publicados."

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A RENAMO não concorda com o processo eleitoral. Os simpatizantes esperavam mais votos.Foto: DW/J. Beck

Entretanto a População na Zambézia continua à espera do anúncio dos resultados finais das Eleições de 15 de Outubro.

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