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Relatório sugere mães de meia-idade para espionagem

5 de março de 2015

Mulheres com filhos, que criaram uma família, têm uma experiência de vida diferente e que seria útil para os serviços de inteligência, afirma comissão do Parlamento do Reino Unido.

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Foto: picture-alliance/chromorange

Um relatório da Comissão de Inteligência e Segurança do Parlamento britânico recomenda aos serviços secretos que recrutem mães de família de meia-idade. "As mães de meia-idade dispõem de uma valiosa experiência de vida e podem ser uma fonte de recrutamento inexplorada até agora", afirma o estudo, divulgado nesta quinta-feira (05/03).

De acordo com a deputada trabalhista Hazel Blears, que coordenou o estudo, as mulheres com filhos, que criaram uma família, têm uma experiência de vida diferente, que seria útil para a área de espionagem.

"Muito do trabalho, especialmente no MI5 [serviço secreto interno], consiste na construção de relações de confiança durante meses e anos", argumentou a deputada, destacando que o trabalho dos agentes não é apenas se deslocar até a cena do crime.

As mulheres representam 37% dos efetivos das agências de informações britânicas, o MI5, o MI6 (serviço secreto externo) e o GCHQ (serviços de escutas), e ocupam apenas 19% das funções superiores. Segundo os deputados, as agências poderiam encontrar possíveis candidatas na internet, em sites como o popular Mumsnet.

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Mentalidade masculina tradicional ainda predominaFoto: picture alliance/United Archives/IFTN

O relatório da comissão parlamentar sublinhou que, apesar dos progressos em termos de diversidade, "há questões culturais e comportamentais" que dificultam a progressão profissional das mulheres nos serviços de espionagem. "Parece-nos claro que existe uma hierarquia intermédia, que tem uma mentalidade e uma visão muito masculina e tradicional", disse Blears.

Após os atentados de 11 de Setembro, o foco de recrutamento se voltou para pessoas originárias de minorias étnicas.

AS/lusa/afp/ap