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Publicações alemãs debatem ébola em África

Cristiane Vieira Teixeira5 de setembro de 2014

A epidemia de ébola que afeta a África Ocidental teve grande destaque nas páginas dos jornais alemães. Temas foram da necessidade da ajuda internacional, aos riscos da falta de alimentos nos países mais atingidos.

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Foto: Fotolia

O semanário alemão Die Zeit escolheu o título "Agora o mundo precisa ajudar – Apenas uma ação massiva pode parar a epidemia do ébola" para uma reportagem que critica as ações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para conter a doença.

Segundo a reportagem, as medidas de recuo dos agentes de saúde e de isolamento dos países infectados precisam ser trocadas por novas estratégias. A matéria aponta a necessidade da contrução de confiança com as populações afetadas.

Também milhões de euros seriam necessários, revela a matéria e avalia: sozinha, a OMS não seria capaz de fazer o investimento considerado, no entanto, necessário - não apenas por uma questão de humanidade, mas para evitar que a maior epidemia de ébola da história se espalhe ainda mais pela África e, finalmente, atinja a Europa.

Também o diário Die Welt se pergunta: "Por que não se pode parar o ébola?" A reportagem enfatiza que, por conta da epidemia, os preços dos alimentos subiram e as populações das regiões afetadas temem que chegue a faltar comida, devido às limitações no transporte – especialmente nos países mais atingidos: Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri.

Ebola Seuche Afrika Helfer
O terceiro médico norte-americano da organização cristã SIM infectado pelo vírus do ébola, na Libéria, retornou aos Estados Unidos para tratamento. Na foto, trabalhadores da organização Médicos Sem Fronteiras, na LibériaFoto: D.Faget /AFP/Getty Images

Relata-se ainda o pedido da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), de uma "ação internacional para catástrofes biológicas".

Efeito tsunami

Já o Süddeutsche Zeitung traça uma comparação entre os efeitos do vírus ébola e o de um tsunami devastador, "a menos que algo aconteça rapidamente", conforme palavras do representante das Nações Unidas, na última terça-feira (02.09.14).

Jan Eliasson, disse ainda: "estamos diante de uma das piores crises na saúde da história". A reportagem lembra também a promessa da diretora da Organização Mundial de Saúde, Margaret Chan, de conter a epidemia de ébola. Mas como?

O jornalista ressalta que não há nem vacina, nem um medicamento específico contra o vírus – a não ser os experimentais – e que os testes de novas vacinas e remédios não eram as prioridades do coordenador-chefe de Resposta Global ao Ébola, David Nabarro, que elaborou uma lista com 12 fatores prioritários na luta contra a doença - incluindo a garantia de transporte, alimentação e o isolamento dos contaminados.

Sierra Leon Ebola Beerdigung Opfer 14.08.2014
Até o momento, quase 2.000 pessoas morreram, vítimas do ébola, segundo dados da Organização Mundial de SaúdeFoto: AFP/Getty Images

Os novos medicamentos, defende a reportagem, seriam importantes para futuros “tsunamis” da doença, que certamente virão.

O Süddeutsche Zeitung reporta sobre a influência do rap no combate ao ébola, na Libéria, onde a canção "Ebola Is Real" ( ou "Ébola é Real", em português), das estrelas do HipCo, uma variante do hip-hop popular da Libéria, DenG, Soul Fresh e F.A. alertam para os perigos reais da doença e disseminam informações sobre as melhores formas de evitar o vírus, transmitido pelo contato com fluidos humanos – como o suor, a saliva e o sangue.

E o Frankfurter Allgemeine Zeitung traz, nesta sexta-feira (05.09.14), a atualidade sobre a epidemia. O terceiro médico norte-americano da organização cristã SIM infectado pelo vírus do ébola, na Libéria, retornou aos Estados Unidos para tratamento.

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Ele não teria cuidado apenas de pacientes infectatos pelo ébola, mas também de recém-nascidos. Em sua versão online, o jornal traz diversos vídeos sobre a epidemia em África e segue atentamente os desenvolvimentos referentes à doença.

Até o momento, quase 2.000 pessoas morreram, vítimas do ébola, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.

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