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Quatro morrem em protesto contra o "Charlie Hebdo" no Níger

16 de janeiro de 2015

Três civis e um policial morrem durante manifestação contra publicação de caricatura de Maomé no semanário francês "Charlie Hebdo". Centro Cultural Francês é incendiado.

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Foto: picture-alliance/epa/Y. Valat

Três civis e um policial morreram nesta sexta-feira (16/01) durante um protesto contra a publicação de uma caricatura de Maomé na última edição do semanário satírico francês Charlie Hebdo, declararam fontes policiais da cidade de Zinder, a segunda maior do Níger. Ao menos outras 45 pessoas foram feridas.

"Há um policial morto e três civis", disse um policial. "Alguns dos manifestantes estavam armados com arcos e flechas, bem como pedaços de madeira. Em alguns lugares, os confrontos foram muito violentos", afirmou.

Na cidade, os protestos contra a caricatura do profeta se tornaram violentos e o Centro Cultural Francês foi incendiado. "Eles incendiaram cafeteria, biblioteca e escritório administrativos", disse o diretor da instituição, Kaoumi Bawa. Dois policiais que deveria proteger o centro cultural não conseguiram conter a multidão, que ignorou os tiros de advertência.

Os manifestantes incendiaram também três igrejas, uma católica e duas protestantes, segundo as autoridades de Zinder, cidade do sul e localizada perto da fronteira com a Nigéria.

Em sua última edição, a primeira publicada após o atentado que resultou em 12 mortos, em 7 de janeiro, o semanário Charlie Hebdo publicou em sua capa a manchete "Tudo está perdoado" e um desenho do profeta Maomé com uma lágrima no olho e segurando um cartaz com a frase Je suis Charlie (Eu sou Charlie).

O desenho, considerado ofensivo pelos muçulmanos, tem provocado protestos em vários países, incluindo Argélia e Paquistão. Na Turquia, um tribunal chegou a ordenar o bloqueio de sites com a capa do Charlie Hebdo.

PV/rtr/afp/lusa