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Cúpula da Otan

29 de novembro de 2006

Proposta da aliança militar gera críticas do Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Iugoslávia, que caça supostos criminosos de guerra na região.

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Merkel defendeu em Riga posição da Otan em relação aos BálcãsFoto: AP
NATO Gipfel in Riga Lettland Angela Merkel Rede
Merkel defendeu em Riga posição da Otan em relação aos BálcãsFoto: AP

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sinaliza que pode aceitar a adesão da Sérvia, Bósnia e Montenegro à chamada "parceria para a paz", o que é considerado o primeiro passo para o ingresso na aliança militar.

A promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Iugoslávia, Carla del Ponte, criticou o anúncio, feito pela Otan nesta quarta-feira (29/11), em sua 26ª reunião de cúpula realizada em Riga, na Lituânia. "A região dos bálcãs está há muito tempo estável e os países avançam no processo de reformas", justificou a Otan.

Del Ponte teria ficado "surpresa", sobretudo, com a inclusão da Sérvia entre os potenciais candidatos ao ingresso na aliança militar. "Ela lamenta que a Otan tenha mudado sua posição, porque isso parece uma recompensa para quem não coopera com o TPI", disse um porta-voz da promotora.

A União Européia suspendeu em março deste ano as negociações com a Sérvia sobre um acordo de associação e estabilização, porque Del Ponte acusa o país de não cooperar suficientemente com o TPI. Um representante da UE disse que a decisão da Otan não terá efeitos sobre a posição do bloco europeu. A Croácia, Albânia e Macedônia já negociam seu ingresso na Otan em 2008.

A chanceler federal federal alemã, Angela Merkel disse que a Otan não deve descartar a perspectiva de ter os países balcânicos entre seus filiados. Em Riga, Merkel também conseguiu manter a posição alemã de não enviar soldados para o sul do Afeganistão, a não ser para operações de socorro. Em compensão, a A Alemanha deverá ter um papel central na reconstrução do país.

A Espanha, Bulgária e Macedônia pretendem enviar mais soldados ao país. A Holanda e a Romênia prometeram querem suspender as restrições nacionais à sua participação na missão. Observadores da cúpula em Riga disseram que "falta uma estratégia da Otan" para terrotar o a Talebã e pacificar o Afeganistão.

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