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Metroviários descartam parar em SP e aeroportos funcionam no Rio

12 de junho de 2014

Sindicato anuncia paralisação no Tom Jobim e no Santos Dummont. Em São Paulo, metroviários decidem trabalhar normalmente, mas planejam manifestação.

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Foto: picture alliance/dpa

O Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio de Janeiro (Simarj) decretou uma greve de 24 horas a partir da meia-noite desta quinta-feira (12/06), o dia da abertura da Copa do Mundo. A paralisação foi anunciada para os dois principais aeroportos da cidade, Tom Jobim e Santos Dummont, além do de Jacarepaguá.

Os trabalhadores de terra prometeram assegurar de 70% a 80% do serviço, o que não evita, porém, os receios com relação a atrasos. Milhares de turistas transitam pelo país por conta do Mundial, que começa hoje em São Paulo, com o jogo Brasil e Croácia. O primeiro jogo no Rio de Janeiro está marcado para domingo.

Segundo o jornal O Globo, a paralisação não causava transtornos no Aeroporto Internacional Tom Jobim na manhã desta quinta. A expectativa é para o que possa ocorrer ao longo do dia.

"Eu tenho absoluta certeza de que não haverá greve alguma. Os trabalhadores dizem que não sabiam que o sindicato nacional e os demais sindicatos já tinham fechado acordo", disse Selma Balbino, tesoureira do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), após o anúncio da paralisação. Segundo ela, já foi fechado acordo coletivo com a categoria em praticamente todos os maiores aeroportos do país, no último dia 4.

"O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) já fechou acordo com todos os sindicatos de aeronautas e aeroviários de todo o Brasil, exceto esse Simarj. Se me perguntar, não sei direito o que eles estão reivindicando", completou Odilon Junqueira, porta-voz do Snea.

Entre as reivindicações descritas no site do Simarj, que confirma a greve para esta quinta-feira, estão o reajuste salarial de 12% exigido do Sineata (Sindicato das Empresas Auxiliares) e de 5,58% exigido do Sneta (Sindicato das Empresas de Taxi aéreo).

Segundo Junqueira, o Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro considerou a greve abusiva. Em caso de paralisação, o porta-voz disse haver um plano de contingência das empresas, que poderiam utilizar outros aeroportos nos estados próximos e até mesmo remanejar funcionários de outras praças para o Rio de Janeiro.

Estima-se que 600 mil estrangeiros e 3 milhões de brasileiros viajarão pelo Brasil durante a Copa, que termina com a final no Rio de Janeiro, em 13 de julho.

Metrô funciona em São Paulo

Nas últimas semanas, sindicatos aproveitaram a aproximação da Copa para fortalecer suas reivindicações e convocar paralisações. Após uma greve de cinco dias, suspensa nesta segunda-feira até a véspera do Mundial, o sindicato que representa os trabalhadores do metrô de São Paulo anunciou que não retomaria a paralisação.

A decisão veio apesar do fracasso das negociações com o governo de São Paulo para a readmissão de 42 grevistas que foram despedidos. Está marcada para esta quinta-feira uma manifestação contra as demissões, a partir da sede do sindicato dos metroviários, na zona leste paulistana.

No Rio, os trabalhadores do metrô, que também ameaçaram realizar uma greve, aceitaram na noite desta quarta-feira a proposta de aumento salarial oferecida e desistiram da paralisação marcada para o dia da abertura da Copa.

Em Natal, os motoristas de ônibus convocaram uma paralisação para esta quinta-feira, também reivindicando melhorias salariais. Em Fortaleza, outra das 12 cidades-sede do Mundial, também estão convocadas paralisações para os dias em que se realizam jogos na cidade.

LPF/abr/lusa/afp