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Itália realiza conferência para combate a migração ilegal

23 de julho de 2023

Após "parceria estratégica" UE-Tunísia, cúpula reúne países do Mediterrâneo e Oriente Médio para "combater tráfico humano e promover desenvolvimento". Premiê Meloni já prometeu combater "ferriboats para migrantes".

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Guarda costeira da Tunísia intercepta barco de refugiados
Em 2023, mais de 2 mil já morreram nas águas do MediterrâneoFoto: Hasan Mrad/ZUMA/picture alliance

Por iniciativa da chefe de governo Giorgia Meloni, a Itália promove neste domingo (23/07) a Conferência Internacional sobre Desenvolvimento e Migração, reunindo países da região do Mediterrâneo e do Oriente Médio com o fim de abordar "fluxos irregulares de migração".

Segundo comunicado de Roma, "a Conferência visa controlar o fenômeno da migração, combater o tráfico humano e promover desenvolvimento econômico com base num novo modelo de colaboração interestatal".

Não foi divulgada a lista completa dos participantes, mas conta-se com a presença da Argélia, Egito, Emirados Árabes, Líbia, Malta, Tunísia e Turquia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o do Conselho Europeu, Charles Michel, também estarão presentes. A França não foi convidada para a cúpula.

Meloni contra "ferryboats de refugiados"

Assim como Roma, a União Europeia vem intensificando a cooperação com as autoridades tunisianas no sentido de uma "parceria estratégica", acenando-se com verbas bilionárias para que o país, ponto de partida de milhares de migrantes, cuide para restringir o movimento a partir de seu território.

Em 16 de julho, a UE e Túnis assinaram um Memorando de Entendimento incluindo um pacote de ajuda de 900 milhões de euros para o país norte-africano, assim como 150 milhões de euros em assistência orçamentária imediata e outros 105 milhões de euros para gestão de fronteiras e atividades anticontrabando.

Em sua campanha eleitoral de 2022, Meloni, do partido populista de direita Irmãos da Itália (FdI), prometera "dar fim ao desembarque de migrantes" no país. Seu governo tem tentado coibir a ação dos navios de ONGs que salvam migrantes no Mediterrâneo, por exemplo com uma lei que os obriga a se dirigirem aos portos imediatamente após cada resgate.

A política de 46 anos explicou que essas medidas visavam evitar que as embarcações humanitárias se transformassem em "ferryboats" para os refugiados.

Segundo dados Organização Internacional para Migração das Nações Unidas, no ano corrente já houve 109.688 desembarques de refugiados na Europa, com 2.153 mortes ou casos de desaparecimento. Em 2022, o total foi de 189.620 desembarques e 2.965 mortos ou desaparecidos.

av (AFP,Reuters,ots)