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Cada vez mais lares com uma pessoa só na Alemanha

14 de julho de 2012

As pessoas que moram sozinhas gastam mais com alguel, estão expostas a um risco maior de cair na pobreza e são muitas vezes financeiramente dependentes da ajuda do Estado.

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Foto: Fotolia/Peter Atkins

Até agora, constava que Berlim seria a "capital dos solteiros" no país. Um portal de acesso à internet da cidade fazia inclusive propaganda de que aí vive o maior número de solteiros disponíveis na Alemanha. Agora o título será repassado a Hannover, pois, segundo estatísticas recentes, é na capital da Baixa Saxônia que fica o maior número de lares de uma só pessoa.

Suécia: primeiro lugar

Isso faz parte do resultado de um censo realizado pelo Departamento Federal alemão de Estatísticas sobre o número de habitantes do país, bem como sobre suas condições de moradia. Este ano, o censo se concentrou especialmente na situação daqueles que não dividem o lar com ninguém.

Os resultados, publicados sob o título Pessoas que moram sozinhas na Alemanha, aponta que no ano de 2011 havia um total de 15,9 milhões de alemães vivendo sozinhos, ou seja, 20% de todos aqueles com mais de 18 anos. Na Europa, apenas a Suécia apresenta um índice mais alto.

Pelo menos em termos estatísticos, morar sozinho tem diversas desvantagens: mais despesas com aluguel, além de maior susceptibilidade ao desemprego e à pobreza. Mesmo assim, o número de pessoas que vivem sozinhas na Alemanha vem aumentando há anos. Duas décadas atrás, o índice era de 14% da população maior de 18 anos, bem abaixo do atual. O número de residências com um só morador aumentou em todas as faixas etárias, tanto entre os homens como entre as mulheres.

Morar sozinho não é o mesmo que ser só

O maior grupo de pessoas sozinhas não escolheu esse destino: são as mais de 4 milhões de mulheres acima de 65 anos, na maioria viúvas. O segundo maior grupo, que há 20 anos ainda era insignificante nesta estatística, é o dos homens entre 35 e 64 anos. Mais da metade deste grupo populacional é tida como de "solteiros convictos", ou seja, aqueles que nunca foram casados.

Segundo Roderich Egeler, presidente do Departamento de Estatísticas, há 20 anos o contingente de viúvos ou divorciados era bem maior. "Aqui fica claro que o casamento vem perdendo importância como forma de vida", completa Egeler. Entre os jovens, o número de casados é de praticamente a metade do que apontava a estatística de 1996.

Roderich Egeler, presidente do Departamento Nacional de Estatísticas
Roderich Egeler, presidente do Departamento Nacional de EstatísticasFoto: picture-alliance/ dpa

As razões pelas quais as pessoas optam por morar sozinhas não são tratadas na estatística, que cuida apenas da avaliação de dados como estado civil, área da residência, salário e situação de moradia. No entanto, viver só não significa automaticamente estar solteiro. As estatísticas não levam em consideração, por exemplo, que uma pessoa possa viver só, mas manter um relacionamento ou ter filhos que vivam em outra casa, observa Egeler.

Autor: Mathias Bölinger (sv)
Revisão: Augusto Valente