1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Sede da ONG guineense de luta contra MGF vandalizada

Lusa
24 de agosto de 2022

A sede do Comité Nacional de Luta Contra as Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e Criança (CNAPN), conhecida organização guineense que luta contra a Mutilação Genital Feminina, foi hoje vandalizada, em Bissau.

https://p.dw.com/p/4Fz90
Foto simbólica
Foto simbólicaFoto: picture alliance/dpa/EPA/UNICEF/HOLT

A sede do Comité Nacional de Luta Contra as Práticas Nefastas à Saúde da Mulher e Criança (CNAPN), conhecida organização guineense que luta contra a Mutilação Genital Feminina (MGF), foi hoje vandalizada, em Bissau, disse fonte oficial. 

Marliatu Djaló, a presidente da organização, disse que desconhecidos entraram na sede, situada no bairro da Ajuda, segunda fase, a escassos metros da residência do primeiro-ministro guineense, Nuno Nabiam, e "vandalizaram tudo".

"Para já a Polícia Judiciária está a tomar conta da ocorrência para que nos diga o que realmente aconteceu, mas vandalizaram tudo. Motorizadas, máquinas fotocopiadoras, impressoras foram todas jogadas fora do escritório, os armários, os documentos foram todos deitados no chão", afirmou Marliatu Djaló.

"Uma clara tentativa de sabotar"

A presidente do Comité - estrutura criada pelo Governo guineense e que reagrupa dezenas de organizações que trabalham no combate às práticas nefastas como casamento forçado, MGF, violência doméstica, entre outras - não sabe "para já" explicar se houve algum furto de material. 

Marliatu Djaló considera que o ato "é uma clara tentativa de sabotar" os trabalhos que a estrutura tem feito "ultimamente", a partir do momento em que assumiu a direção da organização, no mês de agosto de 2021.

Djaló indicou que, neste momento, o CNAPN está a concluir relatórios das ações realizadas para entregar aos parceiros financiadores dos projetos, mas também tem em curso campanhas de sensibilização às comunidades para o abandono às práticas nefastas à saúde da mulher e criança.

"É um ataque baixo, mas nada disso vai travar a nossa ação", defendeu Marliatu Djaló.

Mutilação genital feminina ainda é um problema na Europa