1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
EducaçãoGuiné-Bissau

Saúde e educação em greve na Guiné-Bissau

Lusa | DW (Deutsche Welle)
6 de março de 2023

Setores da saúde e educação guineenses paralisam esta semana, acusando o Governo de "falta de interesse" na resposta às suas reivindicações. Pagamento de dívidas e efetivação de novos ingressos estão entre as exigências.

https://p.dw.com/p/4OHvJ
Foto de arquivo (2021): Médicos protestam em BissauFoto: Braima Darame/DW

A Frente Social da Guiné-Bissau, que junta os sindicatos da saúde e da educação, inicia uma greve de uma semana esta segunda-feira (06.03), perante a "falta de interesse" do Governo para resolver as reivindicações daqueles setores.

Os quatros sindicatos, dois do setor da saúde e dois do setor da educação, decidiram avançar para a greve até sexta-feira, porque, apesar das discussões e da mediação de uma organização de mulheres, o "Governo de iniciativa presidencial, liderado por Nuno Gomes Nabiam, não voltou à mesa negocial".

Contactado pela agência Lusa na sexta-feira, o porta-voz da Frente Social e presidente do Sindicato Nacional dos Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins da Guiné-Bissau, Yoyo João Correia, disse que a greve, cujo pré-aviso foi entregue ao Governo no início de fevereiro, se mantém, porque o Executivo continua sem dialogar.

Guinea-Bissau Protest von LehrerInnen und Gesundheitspersonal | Ioio João Correia, Sprecher
Yoyo João CorreiaFoto: Incuba Dansó/DW

Falta de consenso

Na última paralisação, em novembro, o porta-voz da Frente Social já lamentava a falta de consenso entre os sindicatos e Governo e apelava à negociação. Em entrevista à DW, Yoyo Correia reiterava que "os pontos constantes do caderno reivindicativo [dos trabalhadores] são essenciais", mas deixava a ressalva: a equipa negocial dos sindicatos é "flexível".

Os funcionários dos setores da saúde e educação reivindicam, entre dezenas de pontos, o pagamento de dívidas, a efetivação de novos ingressos, a aprovação de estatutos de carreira dos profissionais de diagnóstico e terapêutica ou resolução de irregularidade na aplicação do Estatuto de Carreira Docente.

Qual é o impacto das greves na Guiné-Bissau?