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Em Angola, disputas internas colocam candidatura da FNLA em risco

6 de junho de 2012

Rumo às eleições gerais de agosto, correntes da FNLA disputam liderança. Presidente Lucas Ngonda não tem simpatia de maioria do eleitorado, apurou DW. Na foto, combatentes durante luta pela independência de Angola.

https://p.dw.com/p/159Pi
Dieses von einer offiziellen sowjetischen Quelle veröffentlichte Foto zeigt Mitglieder der nationalen angolanische Befreiungsbewegung, die im September 1969 über einen Einsatzplan für einen bevorstehenden militärische Operation beraten. Nach dem Aufstand gegen die portugiesische Kolonialherrschaft erhielt Angola im Januar 1975 seine erste eigene Regierung, an der alle drei Befreiungsbewegungen (MPLA, UNITA, FNLA) beteiligt waren. Noch vor der formellen Unabhängigkeit am 11.11.1975 kam es zu militärischen Auseinandersetzungen zwischen den Gruppen. Die marxistisch orientierte MPLA konnte sich mit sowjetischer und kubanischer Unterstützung gegen die prowestliche Unita und die nationalistische FNLA durchsetzen und stellte den Staatspräsidenten. Die Kämpfe gingen unvermindert weiter. Ab 1980 erhielt die Unita Unterstützung durch südafrikanische Truppen. Verhandlungen Ende der 80er Jahren führten 1991 zum Friedensvertrag von Estoril. Schlagworte Politik, Krisen, Militär, Bürgerkrieg, Guerilla, soldaten, befreiungsbewegung
Angola Unita FNLA MPLA Befreiungsbewegung GuerillerosFoto: picture-alliance/dpa

Em Angola, o partido FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), um dos três históricos da cena política angolana, vai para as eleições de 31.08 fragilizado – há anos, conflitos internos pela liderança da formação política mergulharam o partido numa crise.

Em 2011, o Tribunal Constitucional legitimou Lucas Ngonda como presidente da FNLA. Ngonda não goza da simpatia da maior parte do eleitorado, que o conota com o MPLA, o partido no poder.

Participação na independência de Angola

A FNLA foi um dos movimentos nacionalistas que liderou a luta de libertação nacional angolana, tendo como base eleitoral tradicional o norte do país.
Essa luta levou Angola à independência, proclamada pelo MPLA em 1975 depois de uma guerra contra o regime português e entre os três movimentos nacionalistas: MPLA, UNITA e a FNLA.

Esta última desapareceu durante o regime monopartidário e reapareceu nas primeiras eleições angolanas, em 1992. Já fragilizada, a FNLA mergulhou numa crise de que jamais saiu, motivada sobretudo pela contestação ao líder histórico, Holden Roberto.

Rekruten der UNITA feuern Anfang 1976 im Gebiet von Luso im östlichen Angola mit 50 Kaliber-Maschinengewehren. Nach dem Aufstand gegen die portugiesische Kolonialherrschaft erhielt Angola im Januar 1975 seine erste eigene Regierung, an der alle drei Befreiungsbewegungen (MPLA, UNITA, FNLA) beteiligt waren. Noch vor der formellen Unabhängigkeit am 11.11.1975 kam es zu militärischen Auseinandersetzungen zwischen den Gruppen. Die marxistisch orientierte MPLA konnte sich mit sowjetischer und kubanischer Unterstützung gegen die prowestliche Unita und die FNLA durchsetzen und stellte den Staatspräsidenten. Die Kämpfe gingen unvermindert weiter. Ab 1980 erhielt die Unita Unterstützung durch südafrikanische Truppen. Verhandlungen Ende der 80er Jahren führten 1991 zum Friedensvertrag von Estoril. Schlagworte Politik, Militär, Krisen, Bürgerkrieg, Kampfhandlungen, Heer, Unita, Union_für_die_Volle_Unabhängigkeit_Angolas
Guerrilheiros da UNITA em 1976Foto: picture-alliance/dpa

Após sua morte, Holden Roberto foi substituído por Ngola Kabangu. A FNLA transformou-se numa manta de retalho, e reacendeu-se a luta pela liderança do partido. Surgiu em cena Lucas Ngonda, que constituiu uma outra ala da Frente.

Chamado a intervir depois de congressos diferentes, o Tribunal Constitucional validou em 2011 a liderança de Lucas Ngonda. Mas é Ngola Kabangu quem lidera a FNLA no parlamento e que goza da simpatia da maior parte do eleitorado nacional.

Partido bicéfalo?

Kabangu minimiza  o último acórdão do Tribunal constitucional de 2011 e afirma que vai mesmo às eleições de 31.08: "Não é aconselhável a distração, o espírito de 'deixe andar', e sobretudo a dúvida. Devemos estar preparados para uma participação digna e organizada no pleito eleitoral que se avizinha".

Já o presidente de facto da FNLA e legitimado pelo tribunal, Lucas Ngonda, também diz que o partido que dirige está pronto para as eleições. "Neste momento, o nosso partido tem praticamente todas as exigências para a sua inscrição concluídas; estas serão ratificadas pelos órgãos centrais do partido, que serão convocados brevemente antes de as exigências serem transmitidas ao Tribunal Constitucional", explicou, em conferência de imprensa realizada na terça-feira (05.06).

Ngonda afirmou ainda que não há outra FNLA se não a dele, validada pelo Tribunal Constitucional: "Não existe uma outra FNLA. A FNLA, perene e presente, é esta que nós dirigimos".

Até ao próximo dia 20.06, os partidos políticos candidatos às eleições gerais devem apresentar as suas candidaturas ao Tribunal Constitucional. O diretor do gabinete para os partidos políticos desse Tribunal, Marcy Lopes, já afirmou que alas ou partidos não legalizados não vão concorrer às eleições.

"As listas que vierem subscritas por pessoas que não integrem as direções dos respetivos partidos não serão processadas", explicou Lopes à DW África. Cerca de cem partidos políticos querem participar das eleições gerais em Angola em 31.08.

Autor: António Carlos (Luanda)
Edição: Renate Krieger / António Rocha

05.06.12 Angola-FNLA - MP3-Mono

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