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Economista projeta crescimento acima da média em província moçambicana

31 de outubro de 2011

Inhambane deixou de ser uma das províncias mais pobres de Moçambique e já almeja crescimento econômico anual de 8%. Moradores, porém, acreditam que os resultados poderiam ter sido melhores.

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Inhambane registra desenvolvimentoFoto: J. Sorges

A província moçambicana de Inhambane foi eleita um dos destinos turísticos preferidos em Moçambique. A localidade também é a favorita para investidores sul-africanos com seus mega-projetos.

Inhambane anunciou não ser mais uma das três províncias mais pobres do país. A província divide a posição de favorita dos investidores estrangeiros com a Zambézia e o Niassa.

Alemanha e Irlanda são alguns dos mais importantes parceiros da província localizada a 500 quilômetros a norte da capital Maputo. Os países tem colaborado principalmente para resolver problemas ligados a infra-estruturas e alimentos.

Praia: a atração dos turistas

Inhambane tem 68 mil quilômetros quadrados, 1,4 milhões de habitantes e uma costa com grande potencial para pesca. A geografia é uma das principais atrações dos irlandeses que há mais de 18 anos apóiam o desenvolvimento de Inhambane.

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Pesca: ponto forte de InhambaneFoto: J. Sorges

Para o embaixador da Irlanda em Maputo, Ruairi de Burca, a região tem "obviamente uma das costas mais lindas de toda a África". À Deutsche Welle, ele afirmou que a Irlanda investe, só em Inhambane, quase dois milhões de dólares todos os anos.

Graças a um plano de investimentos que durou dez anos e terminou em 2010, foi possível introduzir à província elementos inovadores que resultaram no desenvolvimento da localidade. Um exemplo foi o início da exploração do gás natural nos distritos de Inhambane chamados Temane e Pande.

Expectativa de crescimento econômico anual de 8%

Mesmo com a Alemanha e a Irlanda apoiando desenvolvimento da região, moradores acreditam que os resultados teriam sido melhores se a estrada que liga Pafuri a Mapinhane, considerada uma conexão estratégica para o acesso à África do Sul, tivesse sido construída. O projeto foi anulado por falta de verba.

O economista e professor universitário, Cardoso Muendane, é otimista com relação a novos projetos que devem ser implementados nos próximos anos. Ele calcula que a perspectiva de crescimento pode chegar a 8%, apesar da competição estabelecida com iniciativas nacionais no estrangeiro. "Se atingirmos os objetivos previstos, haverá um grande desenvolvimento da província porque as metas são muito ambiciosas", esclarece Muendane.

Autor: Ezequiel Mavota, de Maputo
Edição: Bettina Riffel