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A agricultura e as emissões de CO² para a atmosfera

4 de dezembro de 2009

A comunidade internacional marcou encontro em Copenhaga, de 7 a 18 de Dezembro. Objectivo: chegar a acordo sobre a redução das emissões de gases com efeito de estufa e lutar contra o aquecimento do planeta.

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A agricultura industrial e intensiva em grandes áreas esgota os campos e tem uma influência muito negativa sobre o clima.Foto: AP

A comunidade internacional marcou encontro em Copenhaga, de 7 a 18 de Dezembro. Objectivo: chegar a acordo sobre a redução das emissões de gases com efeito de estufa e lutar contra o aquecimento do planeta. Antecipando a cimeira do clima vamos olhar para a agricultura: para os efeitos que ela tem sobre as alterações climáticas e como é afectada por elas. A agricultura intensiva, já desacreditada pelo seu impacto no ambiente e na saúde, é agora também posta em causa pelo seu papel no aquecimento do planeta.

"Os agricultores e a agricultura contribuem mais para a emissão de CO2 para a atmosfera do que todos as viaturas ligeiras e pesadas somadas. E isto é muito mais do que a quantidade de CO2 que absorve." Palavras de Dennis Garrity, director do ICRAF, o Centro Internacional para a Pesquisa Agro-Florestal, em Nairobi. Ele e os seus colegas ambicionam desenvolver sistemas agrários sustentáveis para pequenos agricultores.

Um agricultura que traga vantagens para todos: que sequestre dióxido de carbono, isto é que absorva o CO2 da atmosfera em vez de causar mais danos. Uma agricultura que assegure a mais pessoas rendimento e alimentação. Uma das soluções, defende Dennis Garrity, poderá ser a plantação de mais árvores: "Se começarmos a integrar mais árvores na agricultura podemos aumentar a capacidade de absorção de CO2." Um sistema que integre arvores e frutos pode em média por hectare e por ano absorver entre uma e cinco toneladas de CO2, diz Dennis Garrity. "Na chamada agricultura normal os solos produzem pelo contrário entre 0,1 e 0,4 toneladas de dióxido de carbono por ano."

Wasserkanone in der Landwirtschaft
Em Nairobi, no Quénia, encontra-se a sede do ICRAF, Centro internacional para a pesquisa afro-florestal.Foto: AP

Uma boa notícia para o clima, mas uma má notícia para os agricultores que cultivam de forma intensiva. Grandes áreas de monocultura são dos piores inimigos do clima, porque produzem dióxido de carbono em ver de o sequestrar, e são muito sensíveis às alterações climáticas. Benedikt Haerlin da Fundação para o futuro da agricultura critica: "Tantos quilómetros quadrados e tão longe quanto a vista alcança só uma planta. Soja por exemplo. Uma praga, uma peste. E uma área enorme torna-se quase completamente improdutiva".

Um tema escrito por Helle Jeppesen, e adaptado por Helena de Gouveia.