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Polícia espanhola prende quatro suspeitos de jihadismo

24 de janeiro de 2015

Jovens espanhóis de ascendência marroquina e com "alto nível de radicalização" são detidos em Ceuta. Eles teriam passado por treinamento terrorista e estariam dispostos a cometer atentados, afirma Ministério do Interior.

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Policiais prendem suspeitos de jihadismo no subúrbio de El Príncipe, em CeutaFoto: picture-alliance/dpa/Reduan

A polícia espanhola prendeu neste sábado (24/01) em Ceuta, enclave espanhol no Marrocos, quatro suspeitos de jihadismo com "uma forte determinação em cometer atentados na Espanha" e um perfil "muito semelhante" ao dos autores dos atentados de Paris, segundo afirmou o Ministério espanhol do Interior.

De acordo com as autoridades, os irmãos Farid e Mohammed Al Lal e os irmãos Anwar e Rodouan Alli Amzal contam com treino, meios e predisposição para executar atentados terroristas na Espanha. Os quatro, entre 20 e 39 anos, têm nacionalidade espanhola e ascendência marroquina.

O ministério afirma ainda que eles atingiram um "alto nível de radicalização" e que formavam parte ativa de uma célula sob influência de grupos terroristas como o "Estado islâmico". Segundo o jornal espanhol El País, porém, entre as tarefas da célula não estava o recrutamento e envio de novos combatentes às zonas de conflito (Síria e Iraque), mas sim o preparo e execução de atentados terroristas de grande repercussão mediática.

Durante as buscas, na ação denominada "Operação Chacal", a polícia espanhola apreendeu uma pistola automática de alto calibre, uniformes de combate, placas de carro, material digital e vários documentos, que agora passarão por uma análise pericial. Segundo policiais, os acusados tinham acesso a armas de fogo no mercado negro e já tinham feito treinos com elas.

A polícia deu início à operação há duas semanas quando um dos suspeitos postou um vídeo no Facebook convocando pessoas para a luta extremista e oferecendo treinamento. Os presos serão levados para Madri.

Desde os atentados ocorridos no início do mês em Paris, e que deixaram 17 pessoas mortas, a Espanha reforçou medidas de segurança na tentativa de evitar a radicalização de cidadãos muçulmanos jovens.

MSB/lusa