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Pistorius é condenado por homicídio involuntário

12 de setembro de 2014

Juíza considera que atleta agiu de forma negligente ao disparar contra a porta do banheiro de sua casa, matando a namorada. Pistorius, que alega ter pensado se tratar de um ladrão, pode receber até 15 anos de cadeia.

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Foto: picture-alliance/dpa/Alon Skuy

O campeão paraolímpico sul-africano Oscar Pistorius foi condenado nesta sexta-feira (12/09) por homicídio culposo [por negligência, segundo a lei da África do Sul] de sua namorada, Reeva Steenkamp, de 29 anos. A decisão veio um dia depois de o atleta ter escapado da sentença mais grave de assassinato premeditado.

Impassível, Pistorius, de 27 anos, escutou a juíza Thokozile Masipa ler o veredicto, em Pretória. Na África do Sul, a sentença para homicídio culposo pode ser de até 15 anos de prisão.

Masipa justificou a sentença afirmando que Pistorius agiu de forma negligente ao atirar quatro vezes contra a porta do banheiro de sua luxuosa casa em Pretória, matando Steenkamp, no dia 14 de fevereiro de 2013. O atleta sempre alegou que disparou achando que se tratava de um ladrão e que a namorada estaria no quarto.

A promotoria havia alegado que o atleta tivera a intenção de matar a namorada após uma discussão, mas a juíza considerou que faltaram provas.

"Ele pode não ter puxado o gatilho intencionalmente, mas isso não o absolve do crime de operar uma arma de forma negligente", disse Masipa. "Uma pessoa razoável teria previsto a possibilidade de que quem quer que estivesse atrás da porta poderia ser morto pelos tiros e teria tomado passos para evitar as consequências, e o acusado falhou em tomar essa consequências."

O atleta foi inocentado de duas outras acusações – posse ilegal de munição e atirar com uma pistola através do teto solar de um carro –, mas foi condenado por disparar uma arma debaixo de uma mesa de um restaurante lotado em Johanesburgo.

Pistorius começou a ser julgado em 3 de março no Tribunal Superior de Pretória. Na primeira sessão do julgamento, ele se declarou inocente, embora as duas partes, acusação e defesa, aceitem que o atleta havia matado a tiro a namorada, através da porta da casa de banho da sua casa em Pretória.

LPF/rtr/afp/lusa