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Partido de Sarkozy sai vitorioso de eleições na França

29 de março de 2015

Projeções mostram que conservador UMP pode ter tirado 30 departamentos dos socialistas, liderados pelo presidente François Hollande. Ex-líder diz que resultado mostra "ampla rejeição" ao governo francês.

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Frankreich Regionalwahlen 2015
Foto: Reuters/Christian Hartmann

O partido de centro-direita União por um Movimento Popular (UMP), do ex-presidente Nicolas Sarkozy, foi o grande vencedor no segundo turno das eleições departamentais realizadas na França neste domingo (29/03).

Segundo projeções da agência CSA, feitas para o canal de televisão BMFTV, 30 dos 101 departamentos franceses, ou unidades locais de governo, devem assistir a uma troca de comando das mãos do Partido Socialista, do atual presidente François Hollande, para a UMP de Sarkozy.

Os socialistas devem ficar com o comando de entre 27 e 31 departamentos, bem abaixo dos 60 que governa atualmente, segundo as primeiras projeções. Já a aliança entre a UMP e os centristas deve obter a direção de algo entre 66 e 70 – número acima dos 41 atuais.

A ultradireitista Frente Nacional, de Marine Le Pen, pretendia conquistar dois, mas no fim da noite de domingo a legenda confirmou não ter alcançado nenhum. Le Pen, porém, disse considerar os resultados deste domingo uma "base para grandes vitórias de amanhã".

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, reconheceu a vitória da direita no segundo turno e disse que os resultados nas urnas são uma decepção para a esquerda no país, que se dividiu. No entanto, ele afirmou que a derrota não vai tirar a atenção do governo da agenda reformista que está sendo implementada na França, com o objetivo de aumentar os níveis de emprego.

Sarkozy declarou que a vitória da sua UMP é consequência da "ampla reprovação das políticas" de seu sucessor. O ex-presidente afirmou que a centro-direita nunca conseguiu vencer em tantos departamentos desde a instauração da República, nem a maioria do governo perdeu tanto espaço antes.

As eleições departamentais funcionam como uma espécie de termômetro para saber como a população encara o governo de centro-esquerda de Hollande. As eleições presidenciais acontecem em 2017.

O comparecimento às urnas nestas eleições foi baixo, de apenas 42% no primeiro turno e 41,9% no segundo.

MSB/efe/ap/dpa/rtr/afp