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Oxfam diz que número de multimilionários dobrou depois da crise mundial

30 de outubro de 2014

Segundo a ONG, taxa de 1,5% sobre a riqueza da parcela da população mais abastada levaria educação a todas as crianças do mundo e serviços de saúde aos países mais pobres.

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Tio Patinhas, um dos mais famosos e sovinas multimilionários do mundoFoto: picture alliance/United Archives/IFTN

A organização britânica de luta contra a pobreza Oxfam fez um apelo contra a desigualdade social e econômica nesta quarta-feira (29/10), ao apresentar um novo relatório em Londres. Segundo o documento, o número de multimilionários no mundo duplicou depois da crise econômica de 2008, passando de 793 pessoas em 2009 para 1.645 hoje.

Além disso, o relatório afirma que uma pequena taxa anual de 1,5% sobre o patrimônio dos multimilionários seria o suficiente para assegurar que cada criança do mundo tenha acesso à educação e para levar serviços de saúde aos países mais pobres.

"Hoje a riqueza está aumentando, e vai continuar sendo assim a não ser que os governos ajam", disse a diretora executiva da Oxfam International, Winnie Byanyima. "Não devemos permitir que doutrinas econômicas de visão estreita e o interesse próprio dos ricos e poderosos nos deixem cegos para esses fatos."

Segundo o relatório, 70% das pessoas vivem em países onde a distância entre ricos e pobres aumentou nos últimos 30 anos. O documento reconhece que a desigualdade entre os países diminuiu nos últimos 14 anos, mas afirma que o mais importante é a desigualdade entre a população de um país.

A Oxfam calcula que a riqueza somada das 85 pessoas mais ricas do mundo cresce 668 milhões de dólares por dia. Essas pessoas têm um patrimônio equivalente ao da metade mais pobre do planeta, afirma.

Segundo o relatório, se Bill Gates transformasse todo seu patrimônio em dinheiro e despendesse 1 milhão de dólares por dia, precisaria de 218 anos para gastar tudo o que tem.

O presidente executivo da Oxfam, Mark Goldring, disse que uma minoria próspera está tomando para si "uma porção cada vez maior do bolo" e instou os líderes mundiais a fechar o fosso entre ricos e pobres.

AS/afp/rtr