1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Moody's rebaixa Petrobras a grau especulativo

25 de fevereiro de 2015

Agência de classificação de risco cita casos de corrupção, pressão por liquidez e dívidas da petrolífera brasileira como motivos para rebaixamento. Governo teme contágio na economia brasileira.

https://p.dw.com/p/1Eh5t
Petrobas Hauptquartier in Rio de Janeiro
Foto: Reuters/S. Moraes

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta terça-feira (24/02) a nota da Petrobras de Baa3 para Ba2 – ou seja, a estatal perdeu o grau de investimento e passou para o grau especulativo.

A nova nota indica que investir na petrolífera brasileira passou a ser uma operação mais arriscada. Até recentemente, a Petrobras era considerada pelas agências de classificação de risco como um dos melhores e mais prestigiados negócios no Brasil.

"As crescentes preocupações com as investigações de corrupção e pressões por liquidez, que devem resultar em atrasos na entrega de balanços auditados, assim como as expectativas da Moody's de que a companhia será desafiada a fazer significativas reduções em sua alta carga de dívidas nos próximos muitos anos", afirma a agência.

A estatal poderá elevar sua classificação caso consiga administrar, de maneira "conclusiva", os riscos de liquidez a curto prazo, destacou a Moody's. Segundo a agência, a empresa deve lidar com questões relacionadas às investigações de corrupção, e não há expectativas de "significativas melhoras" na situação da Petrobras a médio prazo.

Das três maiores agências de classificação de risco, a Moody's é a primeira a rebaixar a nota da Petrobras. No início do mês, a Fitch havia rebaixado a classificação da petrolífera de BBB para BBB-, na iminência do grau de investimento, mesmo nível da Standard & Poor's.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff teria sido alertada sobre a possibilidade de rebaixamento da nota da Petrobras há um mês e, a fim de evitar a medida, teria escalado o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para tentar dissuadir a Moody's. Dilma estaria preocupada um risco de contágio da economia brasileira, afirma o jornal.

MSB/abr/afp