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Merkel e Stoltenberg insistem em solução pacífica na Ucrânia

14 de janeiro de 2015

Chanceler federal e secretário-geral da Otan apelam à Rússia para usar sua influência a favor da resolução do conflito. "Não buscamos o confronto", afirma norueguês.

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Foto: Reuters/H. Hanschke

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, apelaram nesta quarta-feira (14/01) à Rússia para que respeite as fronteiras e a soberania da Ucrânia. A alemã e o norueguês se encontraram em Berlim para debater a crise ucraniana. "Apelamos à Rússia para que respeite os acordos de Minsk, que use toda a sua influência sobre os separatistas para fazê-los respeitar o cessar-fogo e que suspenda o seu apoio aos separatistas", disse Stoltenberg.

"A Otan não busca o confronto com a Rússia. A Otan aspira a uma relação mais construtiva e de cooperação com a Rússia. Mas, para que isso possa ser estabelecido, a Rússia também precisa querê-lo", assegurou o secretário-geral.

Stoltenberg também elogiou a participação da Alemanha na Otan e destacou que o país assumirá um papel de liderança na criação das tropas da Força de Resposta Rápida da Otan, principal resposta da organização à crise no leste ucraniano. Mas o secretário-geral também pressionou a Alemanha a elevar seus gastos com defesa, alegando que o país precisa mostrar mais liderança, considerando sua força e influência.

"A Alemanha é um país-chave na Europa, tem a economia mais forte, e o país é líder em muitas áreas. Mas também precisamos da liderança alemã quando se trata de investimentos militares, porque precisamos investir em nossa defesa para sermos capazes de proteger nossos aliados e manter a segurança e estabilidade da Europa", afirmou Stoltenberg.

Encontro sem data para acontecer

A chanceler federal disse que a reunião entre as quatro partes – Ucrânia, Rússia, Alemanha e França – sobre a crise ucraniana, originalmente programada para esta quinta-feira, ainda pode acontecer. "Nós ainda não estamos prontos, mas vamos trabalhar nisso com todas as nossas forças", disse.

No entanto, Merkel não soube dizer quando o encontro poderá ser realizado, acrescentando que isso depende de todas as partes. A reunião, que deveria acontecer em Astana, no Cazaquistão, foi adiada por conta das grandes diferenças de opinião dos participantes. Os ministros do Exterior dos quatro países não conseguir obter progresso nas negociações, durante encontro realizado em Berlim, nesta segunda-feira.

Na cúpula da Otan no País de Gales, no ano passado, os 28 membros da organização concordaram em definir como meta da aliança que cada país gaste 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) no campo da defesa, dentro de uma década. Atualmente, somente o Reino Unido e os Estados Unidos cumprem esse requisito. A despesa militar alemã dentro da aliança gira em torno de 1,3% de seu PIB.

PV/rtr/dpa/afp