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Mandela deixa herança de R$ 10 milhões

3 de fevereiro de 2014

Patrimônio do ex-presidente sul-africano será dividido entre familiares, colaboradores, escolas e universidades e seu partido, o Congresso Nacional Africano.

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Foto: picture-alliance/dpa

O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela deixou uma herança de cerca de 46 milhões de rands (o equivalente a cerca de R$ 10 milhões) a membros de sua família, ao partido governante (Congresso Nacional Africano, ou ANC na sigla em inglês), a colaboradores e a várias universidades e escolas, segundo a leitura do seu testamento, feita nesta segunda-feira (03/02) em Johanesburgo.

O vice-presidente da Corte Suprema, Dikgang Moseneke, disse a jornalistas que a divisão do patrimônio foi aceita pela família de Mandela sem que houvesse controvérsias. Havia o temor de que os parentes iniciassem uma disputa pela herança do líder sul-africano.

O patrimônio inclui uma casa luxuosa em Joanesburgo, uma casa modesta em Mthatha, cidade da província de Cabo Oriental, e direitos autorais de livros, incluindo a autobiografia Longa caminhada até a liberdade.

Advogados disseram que a viúva, a moçambicana Graça Machel, terá direito a metade dos bens, mas pode optar por receber apenas ativos específicos, incluindo quatro propriedades em Moçambique.

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Mandela e sua terceira mulher, Graça Machel: viúva pode abrir mão de parte dos bensFoto: Getty Images/Afp/Thomas Coex

Os direitos dos seus livros e outros projetos, assim como as residências em Joanesburgo, Mthatha e na aldeia de Qunu, onde Mandela passou a infância, ficarão para membros de confiança da família.

Ele deixou também cerca de R$ 210 mil para o Instituto Mandela, pertencente à Universidade de Witwatersrand, onde estudou Direito, e à Escola de Direito Nelson Mandela, da Universidade Fort Hare, e a mesma quantia para três outras escolas.

O ANC, partido que Mandela levou à vitória nas primeiras eleições democráticas em 1994, receberá uma parte dos seus direitos de autor.

Mandela morreu em 5 de dezembro em Joanesburgo, aos 95 anos. Por causa de sua luta contra o sistema racista apartheid, ele passou 27 anos na prisão. Ganhador do Nobel da Paz, liderou a África do Sul rumo à democracia e à reconciliação. Em 1994, tornou-se o primeiro presidente negro do país.

MD/lusa/afp/rtr/dpa