1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

México enfrenta eleições cruciais em clima de violência

7 de junho de 2015

O pleito é considerado de importância central para a democracia mexicana. Boicotes e incidentes violentos de protesto foram registrados, apesar da forte mobilização das forças de segurança.

https://p.dw.com/p/1Fd6u
Foto: picture alliance/AA/D. Cardenas

As eleições intermediárias no México começaram neste domingo (07/06) cercadas por fortes medidas de segurança. Trata-se de um pleito importante em que os 83,5 milhões de eleitores do país escolhem os ocupantes de um total de 2 mil cargos, sendo 500 deputados federais e 600 municipais, nove governadores, 871 prefeitos e 16 chefes distritais.

Segundo o presidente do Instituto Nacional Eleitoral, Lorenzo Córdova, este é o pleito maior e mais complexo da vida democrática do México. "Trata-se da aposta da sociedade nas eleições e na via pacífica, para resolver nossas diferenças. O que supõe o rechaço total tanto à violência quanto aos impulsos autoritários."

Dez legendas estão concorrendo. As favoritas, segundo as pesquisas de intenção de voto, são o Partido Revolucionário Institucional (PRI), do governo, o conservador Partido Ação Nacional (PAN) e o Partido da Revolução Democrática (PRD), de esquerda.

Mexiko Wahlen Boykott
Passeata de protesto em AyotzinapaFoto: picture alliance/dpa/J. Mendez

Segurança reforçada

Para garantir a realização da jornada, o governo mobilizou militares e policiais federais para os pontos mais conflituosos no sul do país, entre eles a zona da escola Raúl Isidro Burgos, de Ayotzinapa, no estado de Guerrero.

Daquela escola rural de magistério procediam os 43 estudantes desaparecidos e presumivelmente assassinados em setembro de 2014, depois de serem detidos pela polícia e entregues a uma quadrilha criminosa.

Em protesto, neste domingo um grupo de estudantes impediu a instalação de alguns centros de votação, apoderando-se de cédulas e urnas e queimando-as nas ruas. Tanto em Guerrero como em Oaxaca, professores que se opõem à reforma do ensino anunciaram a intenção de impedir o escrutínio.

Também em outros locais do México, desde a manhã se registraram boicotes, queimas de veículos e outros incidentes violentos.

AV/efe/dpa