1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Líder do cartel mexicano "Los Zetas" é preso

16 de julho de 2013

Camionete em que o traficante e mais dois homens viajavam é interceptada por um helicóptero da Marinha mexicana, apoiado por uma equipe em terra. É a primeira detenção de grande vulto do governo Peña Nieto.

https://p.dw.com/p/198Jj
Foto: Reuters

O traficante Miguel Ángel Treviño Morales, líder do cartel Los Zetas e um dos homens mais procurados do México, foi preso nesta segunda-feira (15/07), no nordeste do país, por militares mexicanos.

Treviño Morales, também conhecido como Z-40, foi detido numa operação realizada pela Marinha perto da cidade de Nuevo Laredo, no estado de Tamaulipas, declarou o porta-voz do Gabinete de Segurança, Eduardo Sánchez.

Segundo ele, o chefe dos Los Zetas viajava numa camionete pickup com mais dois homens e carregava consigo 2 milhões de dólares, oito armas longas e aproximadamente 500 cartuchos de munição. A camionete foi interceptada por um helicóptero da Marinha, apoiado por uma equipe em terra, que efetuou as prisões.

A detenção de Treviño é a primeira de grande vulto realizada no governo do presidente Enrique Peña Nieto, que tomou posse em dezembro de 2012. Seu antecessor, Felipe Calderón, criou durante seu mandato (2006-2012) duros programas de combate à violência, espalhando tropas por todo o país e conseguindo capturar 24 dos 37 líderes do tráfico de drogas.

A prisão de Z-40 ocorreu apenas oito meses após o seu antecessor, Heriberto Lazcano, ter sido morto por tropas mexicanas numa troca de tiros no estado de Coahuila.

O cartel Los Zetas, fundado por antigos soldados de elite e conhecido por sua brutalidade, é uma das mais poderosas e temidas organizações criminosas no México. Ele é suspeito, entre outras coisas, de ter incendiado um cassino na cidade industrial de Monterrey e de ter assassinado um agente do Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA.

Além do envolvimento com o tráfico de drogas, a gangue tem outras atividades, como roubo de combustíveis e tráfico de imigrantes. O cartel também está presente na América Central, sendo o maior da Guatelama, segundo autoridades deste país.

O governo dos EUA chegou a oferecer 5 milhões de dólares pela captura de Treviño Morales, enquanto o governo mexicano ofereceu cerca de 2,3 milhões. Apesar do avanço na captura dos líderes, analistas acreditam que a violência não será reduzida, já que o cartel deixa pra trás várias células sem liderança dispersas pelo norte do país.

AC/efe/ap/afp