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Libéria fecha fronteiras para evitar avanço do ebola

28 de julho de 2014

Surto mais mortal da história atinge três países do oeste africano e já deixou mais de 670 mortos. Com um possível caso, Nigéria, nação mais populosa da África, também se blinda para evitar entrada do vírus.

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Foto: picture-alliance/dpa

Para tentar conter o surto de ebola que já matou mais de 600 pessoas no oeste da África, a Libéria fechou suas fronteiras terrestres nesta segunda-feira (28/07), além de restringir eventos públicos e colocar de quarentena comunidades atingidas pela doença.

"O ebola é um problema nacional de saúde sem dúvida. E nós começamos a ver como ele ataca nosso meio de vida com sérias consequências econômicas e sociais", declarou o presidente da Libéra, Ellen Johnson Sirleaf.

Apenas cinco pontos de saída e entrada do país permanecem abertos, entre eles o aeroporto James Spriggs Payne, na capital Monróvia, e o aeroporto internacional Roberts, a 50 quilômetros da cidade. Nesses locais, centros de prevenção e de testes serão montados para controlar viajantes.

O surto já atinge profissionais de saúde que trabalham para conter a doença. Em mesmo de uma semana, três agentes de saúde foram infectados pelo ebola na Libéria. Um médico americano e uma missionária americana estão entre ele.

No sábado um médico liberiano morreu em Monróvia com o vírus. Além disso, em Serra Leoa, o médico que liderava o combate ao ebola, Sheik Umar Khan, também foi infectado. Segundo o vice-presidente da organização samaritana para qual os americanos trabalhavam, Ken Isaacs, o fato de agentes de saúde serem infectados revela a gravidade do surto que atinge a África Ocidental.

Risco na Nigéria

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o atual surto de ebola, que já se espalhou pela Guiné, Serra Leoa e Libéria, é o mais mortal da história. Há mais de mil casos suspeitos ou confirmados da doença, e mais de 670 pessoas já morreram.

A preocupação das autoridades agora é evitar que o surto chegue à Nigéria, o país mais populoso da África. Nesta segunda-feira, um hospital na maior cidade nigeriana, Lagos, foi fechado e colocado em quarentena, após a confirmação da morte de um paciente com ebola.

"Nós fechamos o hospital para garantir um ambiente próprio para a quarentena. Alguns funcionários que estavam em contato próximo com a vítima foram isolados", disse o secretário de saúde da cidade, Jidre Idris.

A vítima era um consultor financeiro da Libéria que chegou a Lagos no dia 20 de julho. Os aeroportos e postos de fronteira nigerianos estão em alerta máximo desde sexta-feira. A OMS afirmou que o voo que trouxe o liberiano a Lagos fez uma escala no Togo.

"A OMS está enviando equipes para Nigéria e Togo para rastrear, em particular, os contatos que a vítima pode ter tido a bordo do avião", afirmou o porta-voz da organização Paul Garwood.

Especialistas acreditam que o atual surto de ebola começou na Guiné em janeiro, embora os primeiros casos só tenham sido confirmados em março.

CN/rtr/ap/dpa