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Líder supremo do Irã pede cautela em negociações

12 de março de 2015

Aiatolá Ali Khamenei afirma confiar em seus negociadores, mas alerta que EUA "atacam pelas costas". Líder religioso tem a última palavra em em Teerã sobre todas as questões estratégicas.

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Iran Ajatollah Ali Khamenei
Foto: picture-alliance/AP Photo/Office of the Iranian Supreme Leader

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu nesta quinta-feira (12/03) cautela nas atuais negociações nucleares. Em declarações à TV estatal, ele disse que confia na equipe de negociadores iranianos – mas não no Ocidente.

"Minha preocupação é a outra parte, que é enganadora e pode nos atacar pelas costas", afirmou Khamenei, em encontro com o presidente do Irã, Hassan Rouhani.

Khamenei destacou ainda que, sempre que os negociadores conseguem alcançar progressos nas negociações, os americanos se tornam mais "duros e ásperos". O líder iraniano tem a última palavra em todas as negociações envolvendo questões estratégicas – entre elas, as que dizem respeito ao programa nuclear.

As declarações são ainda uma resposta à carta assinada por 47 senadores americanos republicanos criticando as negociações entre Washington e Teerã. Segundo eles, qualquer acordo fechado pelo presidente Barack Obama só será válido enquanto o democrata estiver no poder. A Casa Branca considerou a carta "imprudente" e "irresponsável".

No próximo domingo, o chanceler iraniano, Mohamed Yawad Zarif, e o secretário de Estado americano, John Kerry, têm encontro marcado para dar continuidade às conversas.

Na segunda-feira, Zarif será recebido em Bruxelas para reunião com ministros do Exterior de França, Alemanha e Reino Unido e com a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini.

Até o fim do mês, líderes ocidentais e o Irã querem chegar às bases de um acordo, cujos detalhes continuarão sendo discutidos até julho. Com este acordo, o Ocidente quer garantir que o Irã não vai usar seu programa nuclear para construir armas – acusação rechaçada por Teerã. Em troca, os países deverão suspender sanções que afetam a economia iraniana.

MSB/dpa/rtr