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Kraftklub mais irônico e explosivo em seu segundo álbum

Michael Borgers (mas)30 de setembro de 2014

Banda alemã está de volta com disco "In Schwarz". Na nova turnê, grupo mantém o humor e a energia característicos de sua música, uma mistura de indie rock e rap.

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Foto: Christoph Voy

Como num piscar de olhos, os rapazes do Kraftklub passaram de mais uma promissora banda de rock a um dos maiores nomes da música jovem na Alemanha. Mit K, álbum de estreia dos meninos de Chemnitz, alcançou o número 1 das paradas no começo de 2012 e permaneceu entre os mais vendidos por quase um ano.

No ano seguinte, o Kraftklub emplacou uma de suas canções na trilha sonora do popular jogo de vídeo game FIFA 13 e, com uma aclamada apresentação no Rock am Ring – o maior da festival Alemanha –, se consolidou como uma das mais explosivas bandas do país.

Um público ainda maior foi conferir a banda neste ano nos festivais Hurricane e Southside. Agora, a mistura de indie rock e rap do Kraftklub está de volta em In Schwarz (De Preto), o novo álbum da banda.

Depois de um bem sucedido disco de estreia, o segundo disco é considerado por muitos um difícil passo. Mas com In Schwarz, os rapazes do Kraftklub continuaram do ponto onde haviam parado com Mit K: com cativantes e energéticas canções.

O baterista Max Marschk define o ritmo, e Steffen Israel, Karl Schumann e Till Brummer completam o som so grupo, que lembra o de bandas como Bloc Party e Franz Ferdinand. E o irmão de Till, Felix, faz toda a diferença com letras que abordam de temas pessoais a políticos e vocais falados no melhor estilo do rap.

Band Kraftklub
Os meninos do Kraftklub continuam cool mesmo sem mudar para BerlimFoto: picture-alliance/dpa

Brincadeira com os fãs

O primeiro single do novo álbum reflete os últimos dois anos da banda, com seu característico humor. Em Unsere Fans (Nossos Fãs), o Kraftklub vira o jogo, usando as habituais acusações dos fãs de bandas indie que alcançam o sucesso. Não foi a banda que se vendeu, mas sim seus fãs. "Nossos fãs agora são mainstream", diz o refrão.

O videoclipe da música é pura ostentação. Ele mostra a banda como superstars esbanjando dinheiro num casarão californiano, com correntes de ouro, carrões, bebidas e mulheres de biquíni, no estilo dos rappers americanos.

E os fãs agradecem. "A espera valeu a pena", "Demais", "Estou ansioso pelo álbum" são os comentários do vídeo no Youtube, que em pouco menos de 20 dias alcançou quase 250 mil visualizações. Mesmo antes do lançamento, em meados de setembro, o disco já estava entre os mais vendidos no site Amazon.

Kraftklub boykottieren Echo
Felix Brummer é responsável pelo vocal rap, letras irônicas e boa parte do carisma da banda de ChemnitzFoto: picture-alliance/dpa

Shows secretos

A fim de tirar a rainha da música schlager – gênero popular na Alemanha – Helene Fischer e o dinossauro do rock alemão Wolfgang Niedeckens do caminho e garantir mais um álbum no topo das paradas, o Kraftklub começou uma "turnê secreta" um dia antes do lançamento de In Schwarz.

Munida de um ônibus equipado com GPS, a banda está viajando pela Alemanha. Para conseguir um ingresso, os fãs precisam participar de promoções nas páginas da banda nas redes sociais, explica Felix Brummer no vídeo promocional da turnê.

E para acompanhar as peripécias da banda é só procurar pelo hashtag #INSCHWARZ nas redes sociais. Com sete concertos gratuitos, a turnê inclui também um show na capital alemã. Isso apesar de o primeiro hit da banda, Ich will nicht nach Berlin, ter anunciado que os rapazes de Chemnitz não queriam ir à cidade.

Mesmo depois de todo o sucesso, a banda ainda não se leva a sério, o que pode ser um dos segredos de sua enorme popularidade. Ou talvez sejam os suspensórios vermelhos, usados agora sobre camisas pretas, para combinar com o nome do novo disco. Uma coisa é certa: a meteórica carreira do Kraftklub está longe de terminar.