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Italianas sequestradas na Síria são libertadas

16 de janeiro de 2015

As duas jovens, que prestavam serviço humanitário em Aleppo, foram capturadas em julho do ano passado. Roma não dá detalhes sobre negociações para libertar as reféns, mas possível pagamento de resgate é alvo de críticas.

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Foto: Reuters/A. Bianchi

Duas jovens italianas sequestradas na Síria chegaram a Roma nesta sexta-feira (16/01), um dia após terem sido libertadas. Greta Ramelli, de 20 anos, e Vanessa Marzullo, de 21 anos, haviam sido capturadas em Aleppo em julho de 2014. Elas trabalhavam para o grupo de ajuda humanitária Horryaty, especializado em projetos de saúde e saneamento.

A última vez em que se havia tido notícia das jovens foi em dezembro do ano passado, quando foi divulgado um vídeo na internet, intitulado "Frente al-Nusra detém duas italianas por causa da participação de seu governo na coalizão contra a organização". A gravação mostra as duas jovens com roupas e lenços pretos sobre a cabeça, pedindo que o governo italiano fizesse tudo o que pudesse para levá-las de volta para casa.

A libertação das mulheres foi comemorada, mas críticos alertaram que o possível pagamento de resgate pelas reféns serve para financiar ações terroristas na Europa. As autoridades italianas não revelaram detalhes das negociações com os sequestradores. Mas a mídia italiana citou relatos árabes, segundo os quais 12 milhões de euros teriam sido pagos à Frente al-Nusra, o braço da Al Qaeda na Síria.

Durante muito tempo, governos europeus toleraram ou facilitaram o pagamento de resgates para garantir a libertação de reféns, apesar de a prática ser negada oficialmente. A questão ficou cada vez mais sensível desde que islamistas decapitaram vários ocidentais, a maioria deles americanos. Os EUA pressionaram os aliados europeus a não pagarem resgates.

O ministro italiano do Exterior, Paolo Gentiloni, deve fazer uma declaração sobre o caso das duas jovens ainda nesta sexta-feira.

LPF/afp/rtr