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Irã cumpre metas de acordo nuclear, afirma AIEA

21 de julho de 2014

País reduz estoque de urânio enriquecido e limita-se à pureza de 5%, mas não chega a pacto definitivo em negociação com seis potências mundiais.

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Iran Atomreaktor Schazand
Foto: markazinews

O Irã cumpriu as determinações de um pacto firmado no ano passado, segundo um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgado neste domingo (20/07). Conforme acordado em novembro de 2013, o país reduziu metade de seu estoque de urânio enriquecido a 20% para uma pureza de 5%.

O restante do estoque está sendo convertido em óxido de urânio, também de acordo com os compromissos firmados. O Irã também deixou de enriquecer urânio acima de 5% em todas as suas usinas nucleares, segundo o relatório da AIEA.

O acordo preliminar havia sido firmado entre o Irã e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, China, Rússia, e Reino Unido) mais a Alemanha. Como retribuição pelo cumprimento das metas dentro do prazo previsto – seis meses a partir de 20 de janeiro –, as seis potências prometeram diminuir as sanções impostas contra a economia iraniana.

O país já retomou o acesso a alguns de seus capitais congelados no exterior, mas oficiais dos EUA afirmam que o Irã ainda tem mais de 100 bilhões de dólares bloqueados.

As negociações para um pacto nuclear definitivo, no entanto, não conseguiram ser concluídas em Viena neste domingo, como pretendiam as seis potências. O acordo preliminar foi estendido, com alguns ajustes, por mais quatro meses.

As seis potências querem que o Irã reduza significativamente seu programa de enriquecimento de urânio para assegurar que o país não seja capaz de produzir bombas nucleares. A República Islâmica diz ter objetivos pacíficos e pede que as sanções impostas à sua economia sejam retiradas o mais rápido possível.

Segundo um oficial dos EUA, o acordo de novembro passado foi "um sucesso para barrar o progresso do programa nuclear iraniano. Mas ainda há lacunas importantes entre as partes envolvidas". A chefe da diplomacia europeia e líder das negociações, Catherine Ashton, também falou em "lacunas significantes em questões centrais".

IP/rtr/afp