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Intervenção próxima no Mali em destaque na imprensa alemã

Ferro de Gouveia, Helena9 de novembro de 2012

A intervenção militar no Mali, que começa a ganhar contornos concretos, os festejos da vitória de Barack Obama, em Kogelo e a nomeação de uma mulher como ministra na Somália mereceram a atenção da imprensa alemã.

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A aldeia natal do pai de Barack Obama, Kogelo, no Quénia esteve acordada e em festa durante toda a noite eleitoral norte-americana. O "parentesco" com o presidente dos Estados Unidos  "colocou a aldeia no mapa turístico", sublinha o Die Tagesspiegel. Com a eleição de Barack Obama, em 2008, a aldeia passou a ter uma estrada asfaltada, água potável e electricidade e agora espera ser visitada pelo reeleito presidente, escreve o jornal. A última vez que Obama visitou a aldeia foi em 2006 enquanto Senador.

Islamistas em Tombuktu e Kidal distanciam-se da Al Qaeda

"Movimento na frente maliana" titula o jornal suíço de língua alemã Neue Zürcher Zeitung. O diário sublinha que os "rebeldes do Ansar Dine ("Defensores da Fé") querem distanciar-se dos seus aliados próximos da Al Qaeda" e "rejeitar qualquer tipo de extremismo e terrorismo". Recorde-se que uma área equivalente a dois terços do Mali foi ocupada por grupos islamistas e rebeldes tuaregues, na sequência de um golpe militar que, em Março, derrubou o Presidente Amadou Toumani Touré.

"O Die Tageszeitung nota que "está à vista uma solução política para a crise no Mali". "Os chefes de Estado-Maior da CEDEAO, sob a direcção do General marfinense Soumaila Bagayoko, aprovaram em Bamako ( 07.11) um plano, que precisa a composição da força que intervirá no Mali", escreve o Die Tageszeitung. Esta força militar tem o aval das Nações Unidas e conta com o apoio logístico e financeiro de países ocidentais. Entretanto, este domingo (11.11) os chefes de Estados da CEDEAO, vão reunir-se, em Abuja, na Nigéria, para adoptar oficialmente o "conceito estratégico de intervenção", elaborado pela União Africana e a CEDEAO. Este conceito enuncia, segundo o jornal, sete objectivos políticos, "sendo o primeiro dos quais um processo político inclusivo", que possibilite um consenso entre todas as forças políticas do país e a realização de eleições livres". O conceito refere ainda a formação e o reforço de capacidade do exército maliano no âmbito de uma missão da União Europeia que está a ser discutida na Alemanha.

Diplomacia liderada por uma mulher na Somália

"Em poucos países do mundo a mulher tem tão poucos direitos como na Somália, onde quase todas as meninas são sujeitas à pior forma de mutilação genital feminina", escreve o Die Tageszeitung, por isso é um sinal de esperança a nomeação  de uma mulher, Fowsiyo Yusuf Haji Adan, para a pasta dos Negócios Estrangeiros no novo governo somali apresentado no início desta semana. A ministra é originária da Somalilândia, região autoproclamada independente no norte, e viveu bastante tempo no Reino Unido.  Não obstante o cargo que ocupa, o seu tema principal, disse Haji Adan, em entrevista são as mulheres. "Quando eu fui para a política, pensei que as mulheres me iriam apoiar, mas não, elas têm medo, estão subjugadas. É mais do que altura de elas lutarem pelos seus direitos".

Autor: Helena Ferro de Gouveia
Edição: António Rocha