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Homens armados matam 19 no Paquistão

29 de maio de 2015

Dois ônibus são sequestrados na província separatista de Baluchistão, em ataque realizado por cerca de 20 agressores. Não há reivindicações de nenhum grupo rebelde. Autoridades paquistanesas descartam crime sectário.

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Foto: picture-alliance/Mohammad Reza/Anadolu Agency

Cerca de 20 homens armados sequestraram dois ônibus e mataram pelo menos 19 passageiros que viajavam de Quetta – capital da província de Baluchistão, no oeste do Paquistão – até Karachi, no sul. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (29/05) por Sarfaraz Bugti, secretário do Interior do Baluchistão. Segundo ele, os atacantes vestiam uniformes das forças de segurança.

O ataque ocorreu na cidade de Mastung, aproximadamente 40 quilômetros ao sul de Quetta. Autoridades de segurança afirmaram que dois ônibus foram sequestrados; 50 passageiros foram liberados e outros 25, levados para as montanhas na região. As forças de segurança cercaram e combateram os agressores, conseguindo salvar seis pessoas.

Os mortos foram encontrados em colinas próximas. Nem as circunstâncias das mortes nem os motivos dos agressores ainda foram esclarecidos e até o momento nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.

Há décadas ocorrem lutas secessionistas de baixa intensidade no Baluchistão, região rica em gás natural e minérios. Os separatistas exigem o fim do que definem como exploração de seus recursos por outras partes do Paquistão.

Militantes islâmicos também atacam regularmente civis e alvos militares. No início deste mês, 43 viajantes foram mortos num ônibus em Karachi, por um grupo que declara lealdade à organização extremista "Estado Islâmico" (EI). Todas as vítimas eram de uma minoria xiita paquistanesa. Quanto ao incidente em Mastung, no entanto, uma autoridade de segurança do Paquistão declarou ser pouco provável que tenha sido um ataque sectário.

Homem-bomba em jogo de críquete

No nordeste do Paquistão, um homem-bomba se detonou perto de um estádio na cidade de Lahore, onde se realizava uma partida de críquete entre o Paquistão e o Zimbábue, comunicou o ministro paquistanês da Informação, Pervez Rashid.

O suicida tentou se aproximar do estádio e, ao ser impedido pela polícia, deflagrou a bomba, matando um policial e ferindo outros seis. Até então, ninguém reivindicou o atentando suicida. No entanto suspeita-se do Talibã paquistanês, que há anos está em guerra com Islamabad e tem realizado atentados suicidas contra civis.

PV/ap/rtr/afp