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Grande coalizão anuncia composição do novo governo na Alemanha

15 de dezembro de 2013

Após definirem aliança política, CDU, CSU e SPD apresentam nomes para os ministérios. Ministro das Finanças permanece no cargo. Para a Defesa, pela primeira vez uma mulher.

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Foto: picture-alliance/dpa

A nova composição do governo da Alemanha, que deve ser confirmada pelo Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão) nesta terça-feira (17/12), está completa. Após definirem que trabalharão juntos em uma grande coalizão pelos próximos quatro anos, a União Democrata Cristã (CDU), a União Social Cristã (CSU) e o Partido Social-Democrata (SPD) anunciaram, neste domingo, seus indicados para o primeiro escalão do governo comandado pela chanceler federal Angela Merkel.

Na divisão das pastas, a CDU de Merkel ficou com cinco ministérios, a CSU, com três e o SPD, com seis. O presidente social-democrata, Sigmar Gabriel, que sai da negociação com a CDU muito fortalecido politicamente, será o novo vice-chanceler federal. Ele acumulará o cargo com o de "superministro" das pastas de Economia e Energia.

Entre os democrata-cristãos, a maior surpresa foi a indicação da atual ministra do Trabalho, Ursula von der Leyen, como a primeira mulher na Alemanha a comandar a pasta da Defesa. "Eu confio que ela vai dominar isso muito, muito bem", disse Merkel ao anunciar Von der Leyen para o cargo em Berlim. Ela substitui Thomas de Maizière, também CDU, que passará a ocupar a cadeira de ministro do Interior.

Como já se esperava, não houve mudanças no Ministério das Finanças: o democrata-cristão Wolfgang Schäuble, principal arquiteto do plano alemão para tirar a zona do euro da crise, permanece no cargo-chave, ocupado por ele desde 2009. Merkel também manteve inalterado o Ministério da Educação, sob comando de Johanna Wanka.

Haverá troca, porém, no Ministério da Saúde, que passará a ser gerido pelo secretário-geral da CDU, Hermann Gröhe. A chefia da Chancelaria Federal também vai sofrer mudanças: entra Peter Altmaier, atual ministro do Meio Ambiente e homem de confiança da chanceler federal, no lugar de Ronald Poffalla.

Wolfgang Schäuble Finanzminister
Schäuble permanece no Ministério da Finança, cargo que ocupa há quatro anosFoto: picture-alliance/dpa

Em Munique, a aliada da CDU na Baviera, a CSU, indicou o até então secretário-geral do partido, Alexander Dobrint, para a pasta de Transporte e Infraestrutura Digital. Hans-Peter Friedrich será ministro da Agricultura e Gerd Müller, do Desenvolvimento.

Os seis do SPD

Mais cedo no domingo, Gabriel confirmara os nomes dos membros da legenda que comandarão seis ministérios nesta terceira gestão da chanceler federal. O líder social-democrata substitui o liberal Philipp Rösler, do Partido Liberal Democrático (FDP), tanto na vice-chancelaria federal quanto no Ministério da Economia. O FDP, que faz parte da atual coalizão do governo alemão, não conseguiu alcançar os 5% mínimos necessários para conseguir entrar no Bundestag nas últimas eleições.

Não houve surpresas na divulgação dos nomes dos futuros ministros social-democratas. Durante a coletiva de imprensa em Berlim, neste domingo, o SPD anunciou o até então líder da bancada no Parlamento, Frank-Walter Steinmeier, como ministro do Exterior – cargo que já ocupara entre 2005 e 2009. A secretária-geral do partido, Andrea Nahles, será a nova ministra do Trabalho e do Social.

Ainda compõem o novo governo Manuela Schwesig, uma dos cinco vice-presidentes do SPD, que será nova ministra da Família; a tesoureira do partido, Bárbara Hendrick, nova ministra do Meio Ambiente; e o atual secretário de Economia do estado do Sarre, Heiko Maas, novo ministro da Justiça.

SPD Sigmar Gabriel präsentiert SPD Minister Kabinett Nahles 15.12.2013
Mais cedo, Sigmar Gabriel apresentou os nomes do SPD para o governoFoto: Reuters

Primeira mulher de origem turca

O SPD ainda indicou a atual vice-presidente do partido, Aydan Özoguz, ao Ministério para Migração, Refugiados e Integração. Ela será a primeira mulher de origem turca na história da Alemanha a ocupar um posto no primeiro escalão do governo federal.

A participação do SPD na grande coalizão com a CDU e a CSU foi confirmada no sábado, após divulgação do resultado de uma consulta feita entre filiados do SPD. Quase 76% dos social-democratas que participaram do pleito aprovaram a entrada do partido no governo comandado por Merkel.

MSB/rtr/dpa/afp