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Forças da CEDEAO começam a chegar à Guiné-Bissau

18 de maio de 2012

Chegaram à Guiné-Bissau, na quinta-feira, 17 de maio, 70 dos 600 militares e polícias enviados pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). O objetivo: garantir a segurança no país.

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A Guiné-Bissau precisa de paz
A Guiné-Bissau precisa de pazFoto: picture-alliance/dpa

Os 70 polícias do Burkina Faso fazem parte do primeiro grupo de um total de 600 elementos das forças de segurança, que vão apoiar o processo de transição de doze meses. Além disso, as tropas agora enviadas deverão assistir também a retirada da Missão Angolana de Apoio ao Setor de Defesa e Segurança, Missang, composta por cerca de 250 homens. Segundo uma fonte do Estado da Guiné-Bissau, a retirada da Missang está prevista para o próximo fim de semana (19/20/05).

Entretanto, é esperada na Guiné-Bissau a chegada, dentro de pouco dias, de um segundo grupo de militares e polícias do Burkina Faso, que inclui o chefe da missão militar, coronel Barro Gnibanga. Anssumane Sissé, representante da CEDEAO em Bissau, pede a colaboração das autoridades guineenses para que o processo possa ser concluído, tal como está previsto na cimeira dos chefes de Estado da Comunidade realizada na Costa do Marfim: “Esta missão destina-se a possibilitar que toda a comunidade avance em paz e estabilidade”, disse.

600 soldados da CEDEAO vão garantir a segurança na Guiné-Bissau
600 soldados da CEDEAO vão garantir a segurança na Guiné-BissauFoto: AP

CPLP discorda com solução avançada pela CEDAO

A CEDEAO esforça-se por pôr termo à crise política desencadeada pelo golpe de Estado de 12 de abril. Neste âmbito o Presidente interino, Manuel Serifo Nhamadjo, empossou, entretanto, Rui Duarte de Barros como primeiro-ministro, que chefiará o Governo à realização das eleições gerais previstas no prazo de um ano.
Serifo Nhamadjo, - cuja nomeação pela CEDEAO é contestada pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder até 12 de abril, e também pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – incumbiu Duarte de Barros de formar um Governo, nomeando, como prioridades politicas, o pagamento dos salários da função pública e a criação de condições para salvar o ano escolar. O Presidente realçou ainda a necessidade de lutar contra o crime organizado e o tráfico de droga, de impedir uma falta de alimentos e de garantir a colheita do caju, principal produto de exportação do país.

O golpe de Estado deixa cicatrizes
O golpe de Estado deixa cicatrizesFoto: Reuters

CEDEAO volta a reunir-se para debater situação na Guiné-Bissau

Para sábado, 19 de maio, está marcada uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa dos países membros da CEDEAO em Abidjan, na Costa do Marfim, dedicada à análise da situação na Guiné-Bissau e no Mali, outro país da comunidade que sofreu um golpe de Estado recente.
Em Lisboa soube-se na quinta-feira, 17 de maio, que o primeiro-ministro da Guiné-Bissau deposto no golpe de Estado, Carlos Gomes Júnior, segue, dentro de dias, para Angola, no prosseguimento do esforço diplomático que desenvolve "para a reposição da legalidade democrática no país".

Autor: Braima Darame (Bissau)/Lusa
Edição: Cristina Krippahl/António Rocha.

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