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Forças afegãs assumem segurança nacional

1 de janeiro de 2015

Tropas da Otan encerram oficialmente missão de combate, mas permanecem no país para treinamento e aconselhamento. Afeganistão encara desafio de lutar contra insurgentes talibãs, cada vez mais organizados.

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Afghanistan Soldat mit US Soldaten 29.03.2014
Foto: Getty Images/Scott Olso

O Afeganistão assumiu a responsabilidade total pela segurança nacional nesta quinta-feira (01/01). As forças da Otan encerraram oficialmente seus 13 anos de missão de combate no país, iniciada após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Entretanto, 13 mil tropas da Otan permanecerão no país, dando início à chamada Missão de Apoio Resoluto, em que fornecerão treinamento, aconselhamento e assistência às forças de segurança nacionais. A medida colocará à prova a capacidade dos cerca de 350 mil soldados afegãos de lutar contra insurgentes talibãs, cada vez mais organizados.

"Parabenizo os afegãos por este dia histórico", disse o presidente Ashraf Ghani durante a transição. "Não permitiremos que nosso solo seja usado contra nossos vizinhos e esperamos o mesmo dos nossos vizinhos."

Os Estados Unidos e outros países afirmaram que a missão militar no Afeganistão tinha como objetivo impedir que o país abrigasse terroristas que pudessem realizar ataques no exterior. Tropas afegãs já assumiram um papel de liderança nas operações de segurança desde que a Otan transferiu a responsabilidade sobre elas, há dois anos.

Em 2014, mais de 3 mil civis foram mortos na guerra contra insurgentes do Talibã, fazendo deste o ano mais mortal até o momento para não combatentes, divulgou a ONU na semana passada. Os números chamam a atenção para o fato de que a guerra no Afeganistão está longe de acabar.

Pela primeira vez, em 2014, batalhas em solo entre o Talibã e as forças afegãs se tornaram a principal causa da morte de civis. Nos anos anteriores, bombas enterradas mataram a maioria das vítimas civis. Muitos dos recentes ataques do Talibã contra tropas afegãs e internacionais no país foram lançados a partir do Paquistão.

Enquanto militares dos EUA afirmam que a guerra caminha rumo à vitória das forças de segurança afegãs, o Exército e a polícia do país sofreram perdas recordes neste ano, com 4.600 baixas. Desde 2001, por volta de 3.500 soldados estrangeiros foram mortos no Afeganistão, incluindo cerca de 2.200 americanos.

LPF/dpa/rtr