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Fifa descarta compensar clubes por Copa 2022

25 de fevereiro de 2015

Possível mudança no calendário do evento, por conta do calor extremo no Catar, gera críticas de clubes, que já falam em prejuízos e pedem ressarcimento. Copa das Confederações não ocorrerá no emirado, diz federação.

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"Não estamos fazendo nada que destrua o futebol", afirmou o secretário-geral da Fifa, Jérôme ValckeFoto: picture-alliance/Alessandro Della Bella

A Fifa descarta o pagamento de compensações aos clubes de futebol pela eventual perda de jogadores durante as semanas da Copa do Mundo de 2022, que poderá ser realizada entre novembro e dezembro no Catar, segundo o secretário-geral Jérôme Valcke.

"Não haverá compensações. São sete anos para fazer a reorganização", afirmou Valcke nesta quarta-feira (25/02) em Doha. Ele ainda pediu que os clubes aceitem a eventual mudança, apesar de admitir que ela não é perfeita. "Por que estamos falando em compensação? Isso está acontecendo uma vez só e não estamos fazendo nada que destrua o futebol."

A alteração na agenda do Mundial, que tradicionalmente ocorre entre junho e julho, ainda precisa ser ratificada pelo comitê-executivo da federação – o que deve acontecer entre os dias 19 e 20 de março. No entanto, a proposta já vem sendo criticada por diversos clubes, principalmente europeus, devido às perdas financeiras que ela deve causar.

Na terça-feira, o presidente da Associação de Clubes Europeus, Karl-Heinz Rummenigge, declarou que os clubes prejudicados pediriam compensações financeiras. Segundo ele, não se pode esperar que os clubes e as ligas arquem sozinhas com os custos da decisão da Fifa de alterar as datas da Copa.

O diretor-executivo da Liga Inglesa de Futebol, Richard Scudamore, também afirmou estar "muito decepcionado" com o eventual novo calendário da Copa de 2022.

A mudança foi sugerida nesta terça-feira pela força-tarefa montada pela Fifa para buscar as datas mais apropriadas para a realização dos jogos, a fim de evitar o calor extremo no emirado.

Copa das Confederações fora do Catar

Ainda não se sabe a data exata que os jogos aconteceriam, mas Valcke adiantou que o Mundial deverá ser mais curto – 28 dias, em vez de 32 – e a final poderá ser marcada para 23 de dezembro, como querem a maioria das confederações e a Uefa, segundo ele.

O secretário-geral da Fifa disse ainda que a Copa das Confederações de 2021 não será realizada no Catar por causa do clima. Segundo Valcke, a competição ocorrerá num país asiático, sem precisar qual, segundo informou a agência de notícias AFP.

A Copa das Confederações reúne apenas oito seleções – o último país a sediar a Copa, o país que receberá do próximo mundial e os campeões das seis confederações da Fifa – e geralmente funciona como uma espécie de teste na sede do grande evento do ano seguinte.

Valcke, autor de duras críticas ao Brasil durante o período de organização da Copa de 2014, afirmou estar muito satisfeito com o andamento das obras no Catar. Ele admitiu, porém, que o país ainda tem problemas com as condições de trabalho oferecidas à mão de obra imigrante empregada na construção dos estádios.

"Ainda há problemas e coisas a serem resolvidas", declarou o francês, garantindo que o emirado árabe está começando a seguir com padrões internacionais.

MSB/afp/dpa/rtr