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Ex-primeiro-ministro de Portugal é preso por corrupção

25 de novembro de 2014

José Sócrates, que governou Portugal de 2005 a 2011, responde por corrupção, lavagem de dinheiro e fraude fiscal. Prisão preventiva de um ex-premiê é inédita na história do país.

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Sócrates - Portugal
Foto: Reuters

O ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na noite desta segunda-feira (24/11). Ele é indiciado por fraude fiscal qualificada, lavagem de dinheiro e corrupção. O membro do Partido Socialista (PS), que governou de 2005 a 2011, tornou-se o primeiro ex-líder na história da democracia portuguesa a ficar em prisão preventiva.

Sócrates havia sido detido na sexta-feira à noite, no aeroporto de Lisboa, quando regressava de Paris, e começou a ser interrogado já no domingo. Junto com ele há outros três acusados no processo: o empresário Carlos Santos Silva, que foi administrador do Grupo Lena entre março de 2008 e outubro de 2009, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e o motorista João Perna. Eles já haviam sido detidos na quinta-feira e regressaram também nesta segunda-feira ao Tribunal Central de Investigação Criminal.

O partido de Sócrates está se preparando para as próximas eleições legislativas, em outubro de 2015, e vários membros comentaram a inédita situação. A presidente cessante do PS, Maria de Belém, negou que a detenção do ex-primeiro-ministro fragilize os socialistas. "Essa é uma questão que pertence à justiça – à justiça o que é da justiça e à política o que é da política", declarou.

Já o vice-presidente da bancada socialista Vieira da Silva, membro de governos liderados pelo ex-primeiro-ministro José Sócrates, revelou sentir "dor" pela situação vivida pelo antigo líder do PS.

NM/lusa/dpa/ap