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EUA abrem nova frente no Iraque contra extremistas do "Estado Islâmico"

7 de setembro de 2014

EUA lançam novos ataques aéreos contra os jihadistas, bombardeando, pela primeira vez, posições no oeste do país. Barack Obama diz que vai detalhar nesta quarta-feira seu plano de combate ao grupo terrorista.

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Foto: picture-alliance/Landov

Os Estados Unidos lançaram neste domingo (07/09) novos ataques aéreos contra os jihadistas do "Estado Islâmico" (EI), bombardeando posições dos extremistas no oeste do Iraque, próximas da barragem de Haditha, na provínicia de Anbar. Dessa forma, os EUA abriram uma nova frente contra o EI dentro do país. Até agora, as forças americanas vinham se concentrando no norte iraquiano, em apoio a combatentes curdos e ao Exército iraquiano.

Os ataques tiveram como objetivo "impedir os terroristas de ameaçar a segurança da barragem, que continua sob controle das forças iraquianas, apoiadas por tribos sunitas", afirmou, em comunicado, o porta-voz do Pentágono, John Kirby.

Risco para população e americanos no Iraque

"A potencial perda do controle da barragem ou sua danificação colocariam em risco a vida de funcionários do governo dos Estados Unidos, além das vidas de milhares de cidadãos iraquianos", acrescentou Kirby.

Em abril, os jihadistas ocuparam uma represa próxima a Fallujah, inundando vastas áreas ao redor da cidade, a oeste de Bagdá, e obrigando milhares de pessoas a fugir.

A represa de Haditha, no rio Eufrates, está localizada 200 quilômetros a oeste de Bagdá. Lá, opera a segunda maior usina hidrelétrica no Iraque. Ela também desempenha um papel crucial no fornecimento de água.

Com o apoio de caças americanos, tropas governamentais e milícias tribais sunitas avançaram contra os extremistas na região de Haditha. Um repórter da agência de notícias AFP viu quando a aliança retomou a cidade de Barwana, a quase 10 quilômetros da barragem. Os insurgentes do EI se retiraram, deixando para trás armas e veículos.

Sunitas pegaram em armas após queda de Maliki

Muitas tribos sunitas só concordaram em pegar em armas contra os radicais sunitas do EI depois da renúncia do ex-primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki. O sucessor designado de Maliki, Haidar al-Abadi, tem até 10 de setembro para apresentar um governo de unidade nacional para unir sunitas, xiitas e curdos na luta contra o EI.

Com apoio aéreo maciço dos Estados Unidos, combatentes curdos conseguiram recuperar dos jihadistas uma montanha de importância estratégica em Mossul. A BBC relatou pelo menos 30 mortes entre os radicais islâmicos.

Irak Kurdische Peschmerga-Soldaten im Kampf gegen IS
Combatentes curdos em luta contra o "Estado Islâmico"Foto: Reuters/A. Jadallah

A expansão dos ataques aéreos dos EUA indica a determinação de Obama de intensificar a luta contra o grupo terrorista. O presidente americano anunciou neste domingo, na emissora de televisão NBC, que na quarta-feira vai descrever como será o plano de ação dos EUA. Ele garantiu, entretanto, que este plano não prevê atuação de forças terrestres americanas.

Os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira, durante a cúpula da Otan no país de Gales, a formação de uma aliança internacional de 10 países contra o EI. Objetivo é apoiar militarmente os aliados no Iraque, impedir que combatentes estrangeiros dos países da aliança continuem se infiltrando nas áreas de conflito e aliviar a crise humanitária.

MD/rtr/afp/lusa/dpa