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Russos expõem programa de espionagem da NSA

17 de fevereiro de 2015

Segundo empresa russa de softwares de segurança e ex-funcionários da NSA, agência americana teria instalado spywares no disco rígido de computadores fabricados pelas principais empresas de informática do mundo.

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Symbolbild Internet Spionage
Foto: picture-alliance/dpa/Oliver Berg

A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) possui meios de ocultar programas de espionagem em discos rígidos fabricados pelas empresas Western Digital, Seagate, Toshiba e outros dos principais fabricantes de produtos de informática, permitindo o acesso à maioria dos computadores em todo o mundo, afirmam pesquisadores e ex-funcionários da NSA.

Essa habilidade secreta da NSA faz parte de um conjunto de programas de espionagem descoberto pela empresa de softwares de segurança Kaspersky Lab, que já expôs uma série de operações de cyberespionagem do Ocidente.

Sediada em Moscou, a Kaspersky encontrou computadores infectados por um ou mais desses softwares espiões em mais de 30 países. A maioria das ocorrências foi registrada no Irã, Rússia, Paquistão, Afeganistão, China, Mali, Síria, Iêmen e Argélia.

Entre os alvos da NSA estariam instituições militares, empresas de telecomunicações, de energia, bancos, centros de pesquisas nucleares, imprensa e islamistas radicais, afirmou a Kaspersky.

A firma russa não mencionou qual país estaria por trás da campanha de espionagem, mas afirmou que a fonte seria ligada ao Stuxnet, a arma cibernética da NSA utilizada no ataque virtual a uma usina de enriquecimento de urânio do Irã.

A NSA é a agência americana responsável pela coleta de inteligência eletrônica e esteve recentemente no centro de um escândalo após as denúncias feitas por Edward Snowden, sobre práticas ilegais de espionagem em escala mundial.

A porta-voz da NSA, Vanee Vines, afirmou que a agência está ciente do relatório da Kaspersky, mas que não iria comentar o caso. Ela disse que a NSA obedece as leis e as diretrizes da Casa Branca quanto à proteção dos EUA e de seus aliados "de uma ampla gama de ameaças graves".

RC/rtr/dw