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EI reivindica ataque a mesquita xiita na Arábia Saudita

22 de maio de 2015

Cerca de 150 pessoas oravam quando foram surpreendidas por um homem-bomba dentro do templo, que fica na região de al-Qatif, no leste saudita. Atentado pode elevar a tensão entre grupos sectários no país.

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Interior da mesquita ficou totalmente destruído com a explosãoFoto: picture-alliance/dpa

O grupo terrorista sunita "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria de um ataque suicida a uma mesquita xiita na região de al-Qatif, no leste da Arábia Saudita, nesta sexta-feira (22/05). A informação foi divulgada pela organização americana de monitoramento de atividades terroristas SITE Intelligence.

Um militante suicida identificado como Abu Ammar al-Najdi detonou um cinto com explosivos, matando ao menos 21 pessoas e deixando mais de 100 feridas. Cerca de 150 fiéis oravam na mesquita do vilarejo de al-Qadih no momento do atentado.

No comunicado, o EI assume pela primeira vez a condução de um ataque na Arábia Saudita. Segundo os militantes, "soldados do califado" estão por trás do atentado, e "dias sombrios" estão no horizonte dos xiitas no país.

Saudi-Arabien Anschlag auf schiitische Moschee in Qatif
Pessoas reunidas do lado de fora da mesquita após a explosão que deixou ao menos 21 mortosFoto: picture-alliance/dpa

Uma multidão enfurecida foi às ruas protestar logo após o ataque, que aconteceu no dia em que se celebra o aniversário de Husayn ibn Ali, figura reverenciada pelos xiitas. Vídeos postados em redes sociais mostraram pessoas gritando slogans xiitas.

O governo prometeu caçar e punir os responsáveis pelo atentado. Em novembro passado, sete xiitas foram mortos num ataque a tiros que, segundo o governo saudita, foi perpetrado por integrantes do EI. Quatro supostos idealizadores foram presos.

Há temores de que a explosão na mesquita de al-Qadih possa aumentar a tensão entre os grupos sectários na região. Atritos entre a minoria xiita e o governo sunita na Arábia Saudita são frequentes, incluindo repressão do governo a moradores da região rica em petróleo, que afirmam ser vítimas de discriminação. As tensões também aumentaram desde que as forças de segurança sauditas iniciaram uma campanha militar no Iêmen contra os rebeldes houthis, que são xiitas.

MSB/rtr/dpa/afp