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Parlamento Europeu debate situação na Guiné-Bissau

23 de maio de 2012

A abertura do debate está a cargo do vice-presidente do grupo PPE. Os democratas-cristãos vão apresentar uma resolução que condena o golpe de Estado de 12 de Abril e exige uma tomada de posição sobre o assunto.

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General views of the European parliament in Strasbourg, north eastern France on april 23rd 2009. Foto: PHOTOPQR/L?EST REPUBLICAIN/Alexandre MARCHI +++(c) dpa - Report+++ Verwendung nur in Deutschland, Österreich und den Niederlanden, usage in Germany, Austria and the Netherlands only
Parlamento Europeu em EstrasburgoFoto: picture-alliance/dpa

Paulo Rangel, vice-presidente do grupo do Partido Popular Europeu e Chefe da Delegação Portuguesa do PSD abre o debate sobre a situação na Guiné-Bissau que decorre esta quarta-feira, durante a sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo. O eurodeputado vai questionar directamente a Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Catherine Ashton, sobre os mecanismos já accionados pela Comissão Europeia para ajudar a Guiné-Bissau. Em comunicado, Paulo Rangel sublinha que  "a União Europeia tem a responsabilidade histórica de fazer todos os esforços para a salvaguarda de valores como o respeito pelos Direitor do Homem e a Democracia".

PPE apresenta resolução

Neste debate, o Parlamento Europeu vai analisar uma resolução apresentada pelo Partido Popular sobre o golpe de Estado na Guiné-Bissau, condenando os acontecimentos do dia 12 de Abril. Restituir uma situação de legalidade democrática no país é o objectivo do documento da autoria do eurodeputado Diogo Feio. Os democratas-cristãos esperam que a questão seja debatida abertamente, tendo em vista uma tomada de decisão que vá de encontro à das restantes instituições europeias.

Segundo Diogo Feio, o documento surge “na sequência dos graves incidentes na Guiné-Bissau, um dia antes da segunda volta das eleições presidenciais, em que se impôs arbitrariamente a transmissão do poder para um Conselho Nacional de Transição que ninguém elegeu”. A condenação do golpe de Estado e a aplicação de sanções aos responsáveis são duas das principais recomendações feitas pelos democratas-cristãos ao Parlamento Europeu. Tudo, explica Diogo Feio, com vista a “dar um alento para que seja possível uma situação de legalidade democrática, de legalidade constitucional e de defesa de um estado frágil, que necessita de ser fortalecido.”

De acordo com o eurodeputado, são vários os pontos do texto da resolução que se assemelham às tomadas de posição da diplomacia portuguesa perante o golpe de Estado de 12 de Abril. Como exemplos, fala “na questão do narcotráfico, na defesa da necessidade de um estado constitucional” e  “na defesa da normalidade institucional dentro da Guiné-Bissau”. Para Diogo Feio, estas foram acçoes em que “a diplomacia portuguesa foi forte”, pelo que as quis também transmitir no texto da resolução.

Democratas-cristãos querem tomada de posição internacional

Depois de ver a sua resolução aceite pelo Partido Popular, o eurodeputado espera agora unanimidade por parte do Parlamento.“É muito importante que as instâncias internacionais condenem aquilo que se passou. E que depois se vá tendo uma intervenção no sentido da reposição da normalidade”, afirma Diogo Feio, sublinhando que “a expectativa é de que este seja um debate aberto, participado, que recolha o maior apoio possível”. Para o PPE, o facto de o grupo socialista ter também apresentado uma resolução é já um sinal positivo.  Os democratas-cristãos esperam conseguir associar o Parlamento Europeu às vozes da Comissão Européia e do Conselho Europeu e dos vários ministros dos Negócios Estrangeiros. O primeiro debate feito no Parlamento Europeu sobre a situação na Guiné Bissau, esta quarta-feira, às 16h (hora de Estrasburgo) acontece numa altura em que a comunidade internacional continua a exigir o regresso à ordem constitucional no país.

Autora: Maria João Pinto
Edição: António Rocha/ Helena Ferro de Gouveia

ARCHIV - Blick in das Europa Parlament in Strassburg waehrend der Rede des britischen Premierministers Gordon Brown am 24. Maerz 2009. Die Europawahl am 7. Juni ist fuer das EU-Parlament zugleich ein wichtiges Jubilaeum: Am 7. Juni 1979 wurden die Abgeordneten zum ersten Mal direkt von den Buergern gewaehlt. Bis dahin wurden die Parlamentarier von den Regierungen der einzelnen EU-Staaten entsandt. Mit der Wahl am 7. Juni wird das Europaparlament von derzeit 785 Abgeordneten auf 736 verkleinert. Deutschland als groesster EU-Staat wird aber unveraendert 99 Abgeordnete entsenden. (ddp images/AP Photo/Christian Lutz, Archiv) ** zu unserem Stichwort ** --- FILE - In this March 24, 2009 file photo a general view of the European Parliament is seen as British Prime Minister Gordon Brown delivers his statement in Strasbourg, eastern France. (ddp images/AP Photo/Christian Lutz, File)
Pela primeira vez, desde 12 de Abril, o Parlamento Europeu vai analisar situação guineenseFoto: Christian Lutz/AP/dapd
epa03198663 Guinean-Bissau soldiers patrol at the International Airport of Bissau, 27 April 2012. West African leaders have agreed to send troops to Guinea-Bissau following the coup in the country. The regional grouping Ecowas said after an emergency summit that it expected the country to organize presidential elections within the next 12 months. Between 500 and 600 troops will be sent immediately to Guinea-Bissau. EPA/ANDRE KOSTERS +++(c) dpa - Bildfunk+++
PPE condena golpe de Estado na Guiné-BissauFoto: picture-alliance/dpa