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Copiloto do 4U-9525 tinha descolamento de retina, diz jornal

29 de março de 2015

Investigadores não sabem se problemas tinham causa orgânica ou psicossomática, afirma "Bild am Sonntag". Periódico relatou que capitão do Airbus da Germanwings gritou "abra a maldita porta!", ao tentar voltar à cabine.

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Foto: picture-alliance/dpa

O copiloto do voo 4U-9525 da Germanwings, suspeito de ter derrubado o avião propositalmente, matando 150 pessoas a bordo, estaria sofrendo de descolamento de retina, mas os investigadores não têm certeza se os problemas de visão tinham causas físicas ou psicológicas, informou neste domingo (29/03) o jornal alemão Bild am Sonntag.

Segundo o periódico, investigadores encontraram evidências de que Lubitz temia perder sua visão, aparentemente por causa do suposto descolamento de retina.

Outro jornal alemão, Welt am Sonntag, citou um investigador, segundo o qual o copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, "estava sendo tratado por vários neurologistas e psiquiatras", acrescentando que uma série de medicamentos haviam sido encontrados em seu apartamento na cidade alemã de Düsseldorf.

A Lufthansa, empresa proprietária da Germanwings, disse que a empresa desconhece que Lubitz sofresse de uma doença psicossomática ou qualquer outra enfermidade. "Não temos informação alguma sobre isso", afirmou neste domingo um porta-voz da companhia.

O Ministério Público em Düsseldorf recusou-se a comentar no domingo os vários relatos da mídia, ressaltando que antes de segunda-feira não será feita uma declaração oficial.

O Bild am Sonntag relatou também que os investigadores alemães obtiveram as gravações de voz da cabine de comando, feitas por uma das caixas-pretas do Airbus A320. Segundo o jornal, o capitão, ao tentar entrar na cabine, gritou para seu colega, que teria se trancado do lado de dentro, "pelo amor de Deus, abra a porta".

Então, podem ser ouvidos sons de objeto metálico batendo com violência contra a porta, antes de um alarme disparar, devido à acentuada perda de altitude. Mesmo quando o comandante grita "abra a maldita porta!", Lubitz não responde. Gritos dos passageiros podem ser ouvidos ao fundo, apenas alguns segundos antes de o avião se chocar contra a montanha, nos Alpes franceses.

O jornal também relatou que a namorada de Lubitz, professora em uma escola secundária em uma pequena cidade perto de Düsseldorf, teria dito a seus alunos há algumas semanas que ela estava grávida.

MD/afp/rtr