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Comunidade internacional critica insistência de Teerã

12 de abril de 2006

Países ocidentais e Rússia voltam a repudiar enriquecimento de urânio pelo Irã.

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Foto: picture-alliance/dpa
Mahmud Ahmedinedschad erklärt Iran zur Atommacht
O presidente iraniano Ahmadinejad nesta terça-feira (11/04)Foto: AP

Um dia antes da chegada de El Baradei, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ao Irã, o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad não poderia ter escolhido ocasião mais adequada para anunciar, na terça-feira (11/04), que seu país tem ambições de pertencer ao clube atômico.

Segundo Ahmadinejad, técnicos iranianos das instalações de enriquecimento de Natan teriam enriquecido, pela primeira vez no último domingo, uma quantidade de urânio suficiente para a produção de combustível atômico.

E com isto, assim teme a comunidade internacional, o Irã teria dado um importante passo para dominar a tecnologia de construção da bomba atômica.

A viagem de El Baradei ao Irã visa a renegociar a insistência iraniana em dominar o ciclo nuclear. Entretanto, desconfia-se das declarações de Ahmadinejad: "Não sabemos se os dados de Ahmadinejad são verdadeiros", comentava-se na AIEA, nesta quarta-feira.

De qualquer forma, a declaração do presidente iraniano foi levada bastante a sério tanto pelos países ocidentais quanto pela Rússia. Os americanos anunciaram conversações sobre medidas de punição contra o Irã.

Nesta quarta-feira (12/04), tanto o ministros das Relações Exteriores da Alemanha e como o do Reino Unido anunciaram "estarem muito preocupados" e criticaram a declaração iraniana como um sinal de que estão na direção contrária.

Nas capitais européias, em Moscou e sobretudo em Washington, o anúncio iraniano é tomado como provocação à exigência do Conselho de Segurança da ONU de que o Irã suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio e retorne às negociações em um prazo de 30 dias a partir do final de março último.

O ministério das Relações da Rússia também concorda que o anúncio iraniano seria um passo na direção oposta, mas ao contrário de Washington, Moscou ainda rejeita sanções.