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Começa julgamento de membros de partido extremista grego

20 de abril de 2015

Liderança do partido não comparece a tribunal. Maioria dos réus é acusada de pertencer a organização criminosa. Processo decide futuro do terceiro maior partido do Parlamento.

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Um dos acusados é escoltado por policiais no tribunal grego onde acontece o julgamentoFoto: Reuters/Y. Behrakis

O aguardado julgamento de membros do partido grego de extrema direita Aurora Dourada começou nesta segunda-feira (20/04), sob forte esquema de segurança. A maioria dos 69 réus, incluindo toda a liderança do partido, é acusada ​​de pertencer a uma organização criminosa.

Outros são acusados ​​de assassinato, conspiração para assassinato, posse de armas e violência racista, podendo pegar sentenças de até 20 anos em caso de condenação. Após duas horas de sessão, o julgamento foi adiado para 7 de maio, porque um dos réus não tinha advogado.

O fundador do Aurora Dourada (Chrysi Avgi, em grego), Nikos Michaloliakos, e 12 dos 13 deputados acusados não compareceram ao tribunal, instalado na prisão de segurança máxima de Korydallos, próxima a Atenas. A segurança foi reforçada tanto dentro como fora do presídio, onde centenas de manifestantes protestavam contra o racismo.

O braço-direito de Michaloliakos, Christos Pappas, também não compareceu ao julgamento. Ambos foram libertados em março passado, após 18 meses de prisão preventiva. Eles e toda a liderança do partido foram representados por seus advogados, que não deram explicações sobre a ausência. O porta-voz do partido, Ilias Kasidiaris, atualmente preso, também esteve ausente. Apenas cerca de 40 réus, que incluem policiais acusados ​​de apoiar o grupo de extrema direita, estavam presentes.

Depois de 15 meses de investigação, promotores tentarão provar que o Aurora Dourada funcionava nos moldes de uma organização criminosa, com uma liderança de cunho militar que supostamente estimulava agressões a imigrantes e oponentes políticos.

O julgamento, previsto para durar meses, deve decidir o futuro do terceiro maior partido do Parlamento grego, uma agremiação abertamente xenófoba e antissemita. O Aurora Dourada desempenhava um papel secundário na política grega, mas a popularidade da legenda aumentou quando o país afundou em dificuldades econômicas.

A gota d'água para o processo contra o Aurora Dourada foi um incidente em 2013, quando um músico de esquerda foi esfaqueado por um membro do partido de extrema direita. O autor confessou o crime, e as investigações da liderança da legenda começaram. Mesmo assim, o partido continuou conquistando votos.

MD/afp/dpa