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COI indica força-tarefa para acompanhar obras no Rio de Janeiro

11 de abril de 2014

Em reação às críticas de comitês olímpicos de vários países, o Comitê Olímpico Internacional anuncia medidas para inspecionar os preparativos aos Jogos Olímpicos de 2016.

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Sotschi 2014 Eröffnungsfeier Thomas Bach
Foto: picture-alliance/dpa

As medidas anunciadas nesta quinta-feira (10/04) pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, incluem a criação de uma consultoria e o envio ao Brasil de um diretor para acompanhar o trabalho do comitê local.

Bach participou na Turquia de uma reunião com dirigentes de 28 federações esportivas olímpicas, tendo recebido, segundo a imprensa, reclamações de 27 dessas entidades sobre a preparação dos Jogos Olímpicos de 2016.

Na coletiva de imprensa no balneário turco de Belek, Bach disse ainda que "não se trata de distribuir cartões amarelos ou vermelhos, mas de assegurar os preparativos dos Jogos. Continuamos a acreditar que os Jogos poderão ser um sucesso. Por isso, tomamos tais medidas."

Bach disse ainda que dispensa medidas semelhantes às tomadas pelo ex-presidente do COI Juan Antonio Samaranch, que deu um cartão amarelo para Atenas já em 2000, quatro anos antes das Olimpíadas de 2004 na capital grega.

Reunião no Rio de Janeiro

Por meio de um porta-voz, o COI negou que se tratasse de uma intervenção, mas de uma oferta de experiência para assegurar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Em nota, o Comitê Olímpico Internacional também negou especulações de que o evento poderia não ser realizado na capital fluminense.

"Acreditamos que o Rio de Janeiro possa e irá entregar Jogos excelentes se ações apropriadas forem tomadas agora. Há um forte compromisso de ambos os lados para tornar os Jogos no Rio um sucesso. As medidas aprovadas têm por objetivo apoiar os organizadores locais, colocando à disposição a experiência de organizadores anteriores", disse a nota.

No encontro de dois dias no balneário turco, ficou decidida a criação de três grupos de trabalho e o envio do diretor dos Jogos Olímpicos no COI, Gilbert Felli, para vistoriar os trabalhos no Brasil nos próximos dois anos. Felli deverá viajar para o Rio de Janeiro já na semana que vem. Uma reunião com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, está confirmada para a próxima segunda-feira.

Na Turquia, Felli reiterou as declarações de Bach de que não se trata de uma repreensão ao Rio de Janeiro ou de uma intervenção nos preparativos dos Jogos Olímpicos de 2016. "Nós não queremos apontar o dedo para ninguém. Nós vemos o potencial e queremos ajudar."

Os atrasos

Entre os problemas apontados pelos dirigentes esportivos das diversas federações internacionais, estão os atrasos no Parque Olímpico da Barra, que passa por uma greve de operários. O Estádio Olímpico João Havelange, conhecido popularmente por Engenhão, está com atraso de cinco meses na reforma da cobertura.

Além disso, o campo de golfe de Marapendi será construído em parte de uma reserva ambiental e as obras de despoluição da Baía de Guanabara estão atrasadas, o que preocupa os velejadores. A Baia de Guanabara abrigará o primeiro evento-teste dos Jogos Olímpicos, já em agosto próximo.

As obras no Parque Olímpico de Deodoro e no Estádio de Remo também foram motivos de críticas. No entanto, de acordo com o diretor executivo de esportes no Comitê Rio 2016, Agberto Guimarães, não há motivos para preocupações. "Eu não tenho nenhuma dúvida de que finalizaremos a tempo os locais de competição", afirmou o representante brasileiro na reunião na Turquia.

CA/lusa/dpa