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China condena ciberataques, mas não cita Coreia do Norte

22 de dezembro de 2014

Governo chinês diz rejeitar "terror cibernético" após pedido dos EUA por apoio na sequência da investida contra a Sony Pictures. Enquanto isso, usinas nucleares da Coreia do Sul têm computadores hackeados.

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Foto: Fotolia/Kobes

Depois do ataque de hackers contra a Sony Pictures, atribuído pelos EUA à Coreia do Norte, a China condenou nesta segunda-feira (22/12) esse tipo de agressão, sem mencionar explicitamente o país comunista.

"A China rejeita todas as formas de ataques cibernéticos e terrorismo cibernético",
disse o ministro do Exterior chinês, Wang Yi, em conversa telefônica com seu homólogo americano, John Kerry, informou o Ministério do Exterior em Pequim. "A China se opõe a qualquer país ou pessoa que utilize as instalações nacionais de outros países para realizar ataques cibernéticos contra terceiras nações", acrescentou.

Segundo o jornal The New York Times, Washington pediu a Pequim apoio no caso e ajuda para bloquear eventuais ciberataques coreanos no futuro. A colaboração com a China seria decisiva, porque praticamente todas as telecomunicações da Coreia do Norte são gerenciadas por meio de redes na China.

Depois de um ataque de hackers e ameaças, a Sony Pictures cancelou a estreia do filme A Entrevista, uma sátira em que os protagonistas são contratados pela CIA para matar o líder norte-coreano Kim Jong-un.

O FBI acusou a Coreia do Norte pelo ataque, e o presidente americano, Barack Obama, anunciou uma "resposta adequada". No entanto, Pyongyang nega envolvimento com o ataque e até ameaçou entrar em guerra contra Washington.

Mas os Estados Unidos também já acusaram a China de espionagem cibernética no passado, e um oficial dos EUA disse que no ataque contra a Sony poderiam ter sido usados servidores chineses para esconder a origem da investida.

Atomgespräche in Wien - John Kerry & Wang Yi 24.11.2014
John Kerry e Wang Yi: telefonema de chefes da diplomacia de EUA e China teria abordado ciberataque à SonyFoto: Reuters/Ronald Zak/Pool

Usinas atômicas são alvo de hackers

Enquanto isso, a Coreia do Sul, que tecnicamente ainda está em guerra contra a Coreia do Norte, disse nesta segunda-feira que os sistemas de computadores de suas usinas nucleares haviam sido hackeados e que dados "não críticos" foram roubados, mas que não há risco algum para a segurança das instalações nucleares.

Depois que detalhes técnicos de suas usinas foram divulgados na internet, a operadora de usinas nucleares Korea Hydro and Nuclear Power Company começou nesta segunda-feira exercícios de defesa contra ataques cibernéticos. Os testes serão realizados durante dois dias em quatro das 23 usinas nucleares, informou um funcionário da companhia. A empresa é uma subsidiária da Korea Electric Power Corporation, da qual o governo da Coreia do Sul é sócio majoritário.

Um hacker postou neste mês projetos e manuais de duas instalações, conforme a agência de notícias Yonhap, e ameaçou publicar mais segredos se as autoridades não desligassem os reatores no dia de Natal. O hacker teria assinado as mensagens como presidente um grupo antinuclear do Havaí.

MD/dpa/rtr