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Casal de fazendeiros alemães é assassinado no Paraguai

30 de janeiro de 2015

Governo culpa o grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio pelas mortes. Casal havia sido raptado um dia antes, durante a vacinação de gado numa fazenda no norte do país.

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Soldados do Exército enfrentam os guerrilheiros no norte do ParaguaiFoto: STR/AFP/Getty Images

Um casal alemão de fazendeiros que havia sido sequestrado um dia atrás foi encontrado morto nesta quinta-feira (29/01) no norte do Paraguai. Segundo o governo do país, eles foram mortos por guerrilheiros do Exército do Povo Paraguaio (EPP).

De acordo com o ministério, Roberto Natto, de 60 anos, e Erika Reiser, de 53, haviam sido raptados na quarta-feira passada, durante a vacinação de um de seus rebanhos na província de Concepcíon.

O casal foi morto durante uma troca de tiros entre uma unidade especial do Exército e os rebeldes, na região de Ybi Yau. "Eles foram executados por membros de um grupo de criminosos", afirmou o ministro do Interior, Francisco de Vargas. Segundo ele, o casal foi morto com tiros nas costas, disparados de uma distância inferior a cinco metros. "Pelo ângulo dos disparos, foi uma execução", afirmou.

O casal estava acompanhado de quatro funcionários no momento do sequestro. Eles disseram que, durante a vacinação do gado, foram interceptados por homens camuflados. Os funcionários foram liberados horas depois pelos sequestradores.

O presidente paraguaio, Horacio Cartes, culpou o EPP pelas mortes. "Eles agem de forma tão violenta porque estão sob pressão." Em agosto do ano passado, três pessoas foram mortas em embates entre o Exército paraguaio e os guerrilheiros.

Segundo as autoridades do país, o EPP tem entre 20 e 30 membros. O grupo é acusado de diversos atentados e da morte de mais de 15 pessoas. Entre outros, é responsabilizado pelo sequestro e morte de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente Raúl Cubas, em 2005, e pelo atentado a bomba no Palácio da Justiça, em 2009, em Assunção.

O casal alemão vivia há mais de 30 anos no Paraguai. Os corpos foram levados para Assunção e de lá serão transportados para a Alemanha.

CA/dpa/epd/ap/rtr